Mais trabalhadores contratados pela empresa de trabalho temporário Serlima, para trabalharem nos estabelecimentos do Grupo Pestana, fizeram chegar ao Sindicato da Hoteleria do Algarve queixas de falta de condições no alojamento e na forma como têm sido tratados. Recentemente este sindicato denunciou uma situação grave com trabalhadoras trazidas da Região Autónoma da Madeira pela Serlima.
Os trabalhadores dizem que foram alojados 10 pessoas numa moradia T3, sendo que inicialmente nem havia camas para todos. São trabalhadores que a Serlima trás de todo o continente e ilhas, pagando-lhes a viagem para o Algarve, e que são, segundo os queixosos, sujeitos a condições de alojamento precárias e a condições de trabalho bastante duras, como acontece no serviço de andares onde chegam a ter mais de 25 quartos para limpar num dia.
Um dos trabalhadores denuncia que tinha acordado trabalhar até dia 29 deste mês mas, inesperadamente, a empresa chamou-o ontem aos escritórios para lhe dizer que estava despedido, sendo que a noite passada foram 2 responsáveis da Serlima falar com o trabalhador para lhe oferecerem o pagamento até dia 29 se este fosse amanhã embora. Segundo contou o trabalhador, como não aceitou a proposta foi alvo de ameaça em frente a sete colegas que estavam no local.
Este é o resultado de uma política que precariza cada vez mais as relações de trabalho, permitindo dessa forma o agravamento da exploração e da precarização da vida dos trabalhadores. É urgente por termo a esta situação. Os trabalhadores têm de ser tratados com respeito e dignidade.
O Sindicato da Hotelaria do Algarve exige que a Autoridade para as Condições do Trabalho tenha uma intervenção fiscalizadora e punitiva para por termo a situações como esta e reafirma que é urgente revogar as normas gravosas do Código do Trabalho que promovem a precariedade e os baixos salários.
FONTE: Sindicato da Hotelaria do Algarve