Por falta de autorização do Governo e, em particular, do Ministério das Finanças, o Arsenal do Alfeite (AA), único estaleiro naval público em Portugal, está impedido de prosseguir a sua missão, apesar de possuir verbas suficientes nas suas contas próprias. Os trabalhadores deslocam-se a Lisboa, na próxima quinta-feira, para expor a situação ao Ministério das Finanças e ao Chefe do Estado-Maior da Armada.
A chegada dos trabalhadores ao Ministério das Finanças está prevista para as 14h30. Esta acção terá a participação do secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos.
No Ministério será entregue um documento em que se exige o desbloqueio imediato das autorizações necessárias para que a Administração deste estaleiro público possa prosseguir com as necessárias intervenções em termos de modernização, equipamento (incluindo o lançamento da importantíssima obra de aumento da doca seca), admissão e formação de pessoal, questões que se arrastam há mais de um ano, unicamente por falta de autorização do Governo e, em particular, do Ministério das Finanças, pois o AA possui nas suas contas próprias verbas suficientes.
Esta situação está a comprometer seriamente não só a actividade corrente como a indispensável modernização e desenvolvimento do único estaleiro naval público em Portugal, numa altura em que existem todas as condições para o fazer.
Do documento a entregar no Ministério das Finanças constará também a exigência de que o Governo se pronuncie quanto às dúvidas que subsistem em relação à forma como vão ser descongeladas as carreiras dos trabalhadores do AA, uma questão que foi colocada por este Sindicato à Secretária de Estado da Administração e do Emprego Público, em ofício de 22 de Janeiro, ainda sem resposta.
De seguida, o plenário de trabalhadores do AA deslocar-se-á para junto do Estado-Maior da Armada, onde entregarão ao CEMA uma mensagem sobre a relação entre este estaleiro e a Marinha.
FONTE: STEFFAs – Sindicato dos Trabalhadores Civis das Forças Armadas, Estabelecimentos Fabris e Empresas de Defesa