Os enfermeiros do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra cumpriram 3 horas de greve, entre as 10 da manhã e uma da tarde, na passada quinta-feira. A paralisação foi convocada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses. Entre as razões da luta está a falta de profissionais e também as horas extraordinárias em dívida. Segundo o sindicato, faltam mais de 300 profissionais no Centro Hospitalar e estão por pagar mais de 100 mil horas. O conselho de administração do hospital garante que está a respeitar o ordenamento jurídico na organização do trabalho e explica que está implementado um plano faseado de pagamento do tempo em dívida.

Declarações de Paulo Anacleto, Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.

RTP 1 - Jornal da Tarde

 

O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE (CHUC), não resolve os problemas com que os enfermeiros há muito se confrontam, antes os agrava.

  • • Faltam mais de 300 enfermeiros no CHUC, levando a que os ritmos de trabalho sejam demasiadamente intensos, o que não permite o descanso físico e psicológico.
  • • A administração do CHUC alterou os horários de trabalho, sem qualquer vantagem para a organização dos serviços, nem para os utentes nem para os enfermeiros.
  • • O CHUC revogou ilegalmente o direito à Parentalidade, no que concerne à possibilidade de trabalhar de segunda a sexta-feira, com isenção de turnos, para quem tem filhos menores de 12 anos.
  • • O CHUC deve aos enfermeiros, mais de 100 mil horas extraordinárias e estas são pagas, inaceitavelmente, com um atraso de 4 meses.
  • • Há enfermeiros, a quem a dívida de horas extraordinárias, chega a um total acumulado entre 300 a 400 horas, isto é, a cerca de 2 a 3 meses de trabalho.

FONTE: SEP