MG 0441O Governo PS, que continua sem responder às reivindicações da Frente Comum, em reunião realizada no dia 7 de Dezembro, informou que a única “medida salarial” prevista para 2019 é colocar o salário mínimo no valor da 4.ª posição da Tabela Remuneratória Única, ou seja, nos 635€. Medida que abrange cerca de 70 mil trabalhadores.

Esta "medida" é profundamente demagógica, porque não decorre de qualquer vontade ou iniciativa do governo nesse sentido, mas antes da aplicação obrigatória da Lei em vigor que impede que haja trabalhadores na 3ª posição da TRU (583€), remunerada abaixo da SMN aprovado em concertação social no mesmo dia.

É justo, necessário e merecido que os trabalhadores com salários mais baixos possam recuperar o seu poder de compra, mas é inadmissível e não aceitamos, que cerca de 600 mil trabalhadores continuem sem aumento salarial, pois os seus salários continuam sem qualquer revisão há dez anos!

A Frente Comum repudia a atitude do Governo que optou por decidir 635€ de salário mínimo para uns e 600€ para outros!

A Frente Comum, tal como a CGTP-IN, propôs o aumento do SMN para 650€ - igual para todos os trabalhadores da Administração Pública ou do privado!

A Frente Comum propôs um aumento salarial mínimo de 60€, para todos os trabalhadores!

Assim, haveria justiça, aumento salarial e reposição do poder de compra para todos os trabalhadores!

Mentiras e demagogia

O governo volta à carga com o discurso de que “em média, cada trabalhador da Administração Pública terá um aumento de 3%”. Quem trabalha na Administração Pública e vive do seu salário, sabe que é mentira! Não é honesto querer misturar progressão na carreira (que só alguns irão ter) com a revisão salarial (que defendemos que abranja TODOS)! Os trabalhadores sabem fazer contas!

Os trabalhadores sabem que o direito à progressão foi descongelado, mas o governo decidiu fasear o pagamento desse direito mantendo-o assim congelado! Até Maio de 2019, 50% do nosso direito mantém-se nos cofres do estado!

A Frente Comum não aceita que se diga que não há dinheiro! Todos sabemos que não faltam milhões para pagar os juros da dívida, para continuar a sustentar as PPPs – Parcerias Público Privadas, e para safar a banca. Há dinheiro! O que este governo não tem, é vontade política!

A luta vai continuar!

Todos os avanços, todos os direitos resultaram da luta, assim será também com os salários!

No imediato a Frente Comum apela à participação de Delegados, Dirigentes e Activistas Sindicais no Cordão Humano, dia 12 de Dezembro, pelas 14h30, em Lisboa, com início na Praça da Figueira e terminando em frente ao Ministério das Finanças, com a entrega ao Governo de “prendas” que correspondem a justas reivindicações sobre problemas que se arrastam e que os trabalhadores da Administração Pública exigem que se resolvam em 2019!”

FONTE: STAL