Aumento dos salários e melhoria das condições de trabalho são as principais exigências do abaixo-assinado lançado ontem pelo Sindicato da Hotelaria do Algarve.
O sector continua a acumular milhões e milhões de euros de lucros mas está a empobrecer a maioria daqueles que se esforçam todos os dias para esses resultados.
“Se as associações patronais do sector não negociarem tabelas salariais que valorizem os salários, de forma mais justa, estima-se que em 2020 mais de 50% dos trabalhadores do sector fiquem a receber o Salário Mínimo Nacional”, denuncia o sindicato num comunicado enviado à imprensa.
“É lamentável e inadmissível esta ganância do patronato do sector pelo lucro, sem ter a mínima consideração pelas necessidades dos trabalhadores e suas famílias, além do prejuízo que estão a causar ao desenvolvimento económico e social da região e do país”, prossegue o comunicado.
O sindicato acusa também o Governo que continua a esbanjar milhões de euros em apoios e subsídios para as empresas do sector, ao mesmo tempo que agrava as normas do Código do Trabalho, com prejuízo para os trabalhadores, e continua sem dar resposta às insuficiências verificadas na Autoridade para as Condições do Trabalho.
A Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve bloqueou as negociações que estavam em curso para a celebração de um Contrato Colectivo de Trabalho e a Associação dos Industriais Hoteleiros e Similares do Algarve, embora aceite reunir, recusa aumentos salariais para 2019 e para 2020. Diz que só está disponível para dar um aumento que, para a maioria dos trabalhadores, tendo em conta a fixação do Salário Mínimo Nacional nos 635 euros, não chegaria a um euro/dia, depois de vários anos de congelamento e redução dos salários e agravamento das condições de trabalho.
Fonte: Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Algarve