devdfOs trabalhadores que exercem funções nas equipas da Vigilância Eletrónica e dos Centros Educativos da Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais decidiram fazer uma Greve Nacional nos dias 28 e 29 de Fevereiro de 2020.

Esta greve visa denunciar que persiste e se agoniza a situação precária, nomeadamente, em recursos humanos e de meios técnicos em que estão a funcionar os serviços da Vigilância Eletrónica, face ao aumento de pessoas com pulseira eletrotécnica, e os Centros Educativos que não garantem a segurança expectável dos utentes e trabalhadores.

A Ministra da Justiça do atual governo PS na legislatura anterior limitou-se a confirmar a existência de problemas e prometeu soluções que nunca cumpriu. E agora mantém-se em silêncio, não dialoga com a Federação que aguarda marcação de uma reunião desde janeiro de 2019.

Esta Federação e os trabalhadores não aceitam que o governo e a Ministra da Justiça continuem com uma visão economicista, negando o que é evidente, pois não basta fazer estudos para concluir que existem problemas, é necessário fazer o investimento público para os resolver e assim melhorar os serviços públicos que são prestados pela DGRSP e garantir os direitos dos trabalhadores que os desenvolvem, o que só será possível, nomeadamente, com:

Recrutamento de mais trabalhadores de todas as carreiras e categorias existentes nestes sectores;

Mais meios técnicos e logísticos que respondam às necessidades efetivas;

Negociação para a valorização das carreiras especiais e subsistentes para as tornar atrativas, condição essencial para fixar trabalhadores nos serviços que trabalham por escalas com prejuízo para a sua vida familiar;

Abertura de concursos de promoção nas carreiras especiais de técnicos superiores, técnico-profissionais e de reinserção social para garantir a progressão na carreira de que ainda não beneficiaram desde o seu descongelamento em 2017.

A falta de diálogo manifestada pela Ministra da Justiça indicia a ausência de vontade política, a resolução douradora dos problemas que afetaram estes serviços e determinará inevitavelmente o recurso a novas formas de luta.

Assim responsabilizamos desde já o governo por todas as perturbações que as mesmas possam causar nos serviços.

FONTE: FNSTFPS