Os Trabalhadores dos CTT do Centro de Produção do Prior Velho há já vários anos que laboram num armazém sem condições para o efeito. Para exigir a resolução dos problemas, estão em greve nos dias 16 (teve uma adesão total nos dois turnos),18 e 20, entre as 22h00 e as 24h00, e no dia 19, entre as 23h00 e as 24h00.
As condições de trabalho são péssimas, no geral, com especial nota para a temperatura a que os trabalhadores estão sujeitos: temperaturas negativas no Inverno e abrasadoras no Verão, obrigando-os a trabalhar com mantas e casacos no Inverno e, no Verão, debaixo de um calor insuportável, onde o ar é quase irrespirável e a temperatura chega a atingir 45ºC.
Apesar das promessas que foram sendo efectuadas (por exemplo a colocação de paredes cartonada que permitissem reduzir o frio e as correntes de ar (agravadas pela não substituição de vidos partidos há mais de 3 anos), a empresa continua a nada fazer para solucionar os problemas.
Por tudo isso, mas não só, os trabalhadores reunidos em plenário decidiram enveredar por formas de luta que se consubstanciaram, para já, na greve de duas horas diárias para todos os trabalhadores, greve decretada pelo SNTCT/FECTRANS.
De lamentar é o facto de os trabalhadores em greve terem sido objecto de tomada de imagens por parte de um responsável de serviço, numa clara tentativa de intimidação e pressão sobre trabalhadores que cumprem o seu direito constitucional à greve. Lamentável que a gestão dos CTT recorra a métodos que fazem lembrar outros tempos de má memória.
Uma coisa é certa, devido à inoperância da gestão dos CTT que, apesar de a isso instada, não resolve os problemas destes trabalhadores, a sua mobilização e a luta por melhores condições de trabalho continuará, para já, até ao final da semana.
Fonte: Fectrans