A CGTP-IN saúda e manifesta a sua solidariedade a todos os trabalhadores da Administração Pública que hoje aderiram massivamente à Greve Nacional, bem como às suas organizações sindicais, em particular a Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública, em defesa do emprego e do vínculo público, contra a precariedade laboral e os despedimentos encapotados de "requalificação"; pelo aumento dos salários e a exigência do seu descongelamento, bem como das posições remuneratórias, assim como a devolução de todos os montantes roubados; pela reposição imediata das 35 horas de trabalho, em respeito pelo direito à articulação da vida pessoal com a vida profissional e do direito ao repouso e aos lazeres; contra a "municipalização/descentralização", em defesa dos serviços públicos e das Funções Sociais do Estado.
Com um nível de adesão muito elevado em todo o país, salientando-se a paralisação a 100% em muitos sectores, unidades e serviços das áreas da saúde, da educação, da segurança social, da justiça, da administração local, regional e central, os trabalhadores da administração pública afirmam mais uma vez o seu compromisso com a luta mais geral dos trabalhadores portugueses, pela defesa da Constituição da República e pelo direito de todos os cidadãos a uma Administração Publica de qualidade, ao serviço das populações e do país.
A luta dos trabalhadores contra a política de direita não vai parar. É preciso derrotar a ofensiva privatizadora sobre os serviços públicos e as funções sociais do Estado, que provoca o desmantelamento ou encerramento de unidades de saúde, escolas e outros serviços públicos, ao mesmo tempo que canaliza recursos e áreas de negócios com grande potencial de gerarem lucros para o grande capital, diminuindo e subvertendo o papel qua cabe ao Estado, submetendo-o ao poder económico e financeiro.
É preciso acabar com a política de exploração e empobrecimento, assente na precariedade, na instabilidade e na insegurança dos trabalhadores da Administração Pública, na redução dos seus vencimentos e das pensões de aposentação, na recusa do direito constitucional à negociação colectiva e na eliminação de direitos conquistados ao longo de muitos e muitos anos de luta.
A CGTP-IN apela a todos os trabalhadores para que prossigam na sua mobilização e desenvolvam todas as lutas necessárias para a defesa dos seus interesses sociais e laborais e, também, pela defesa de uma Administração Pública moderna, que garanta o cumprimento constitucional que consagra o direito a todos os portugueses a uma Escola Pública Democrática, inclusiva e gratuita; um Serviço Nacional de Saúde de qualidade e gratuito; uma Segurança Social Pública, Universal e Solidária; o Poder Local Democrático, conquista do povo português, lutando pela sua autonomia e afirmação dos valores e direitos de Abril consagrados na Constituição da República Portuguesa.
A CGTP-IN exorta à mobilização dos trabalhadores e do povo português para multiplicar os protestos e as lutas, para acabar com este Governo, derrotar a politica de direita e afirmar a exigência de uma política alternativa, de Esquerda e Soberana, por um Portugal com Futuro!
Lisboa, 13 de Março de 2015