Dia 5 de Junho, Dia Mundial do Ambiente, este ano, tem por tema a «Poluição do ar» - um apelo para se lutar contra um dos desafios ambientais mais importantes da nossa época. O Dia Mundial do Ambiente, estabelecido pela Assembleia Geral das Nações Unidas, assinala a data do início da conferência das Nações Unidas sobre Ambiente Humano, que teve lugar em Estocolmo em 1972.
Segunda a Organização Mundial da Saúde cerca de 7 milhões de mortes prematuras são atribuídas em cada ano à poluição do ar e afirma até que, globalmente, a poluição atmosférica é responsável por mais mortes do que numerosos outros factores de risco.
O direito a um ar saudável é um direito humano, no entanto a poluição atmosférica está no âmago da injustiça social e das desigualdades mundiais, afectando de forma mais desproporcional os mais pobres. Muitos trabalhadores continuam a laborar em locais muito poluídos, expostos a doenças profissionais, etc.
Segundo a ONU 92% das pessoas em todo o mundo não respiram ar limpo, a poluição do ar custa à economia global 5 milhões de milhões de dólares e a poluição do solo por ozono deverá reduzir os rendimentos agrícolas em 26% até 2030.
Os sérios problemas ambientais agravar-se-ão com a apropriação da terra, das matérias primas, dos recursos extraídos da natureza nas mãos de poucos e não encontrarão solução no modo de produção capitalista, uma política de rapina, que favorece os processos de natureza colonial e que transfere os custos para as camadas empobrecidas.
A POLUIÇÃO DO AR EM PORTUGAL
Em Portugal a poluição do ar, por partículas finas e outros poluentes, provoca cerca de 15 mil mortes por ano. Os especialistas alertam que quem tenha uma doença cardiovascular deve evitar andar exposto e evitar os locais onde os níveis de poluição são mais elevados. O problema é que quem resida ou trabalhe nesses sítios dificilmente pode evitar a exposição ao ar poluído nas ruas, nos eixos rodoviários mais poluídos, ou em locais de trabalho insalubres.
FALTA INFORMAÇÃO SOBRE A QUALIDADE DO AR NOS LOCAIS DE TRABALHO
Existem poucos dados sobre a qualidade do ar nos locais de trabalho, nomeadamente no ar interior dos edifícios. Falta também informação sobre o amianto no ar, nos edifícios com esse material tóxico, onde trabalham pessoas e por onde passam muitos utentes. A CGTP-IN continua a exigir que sejam cumprida toda a legislação relativa à qualidade do ar para um ambiente mais saudável.
Neste Dia Mundial do Ambiente a CGTP-IN continua a sua luta contra a mercantilização dos recursos naturais, contra a degradação da riqueza natural, por uma sociedade e uma economia de baixo carbono, com vista à protecção do ambiente e das populações, incentivando os sindicatos, os sindicalistas e os trabalhadores em geral a intervir por direito e por dever, para defender o bem-estar nos locais de trabalhadores e em todas as dimensões de vida social, laboral e ambiental, articulando estas três dimensões e responsabilizando os Governos e as estruturas económicas que têm que assegurar empregos, em melhores condições e pelo trabalho digno.
05.06.2019
Departamento de Desenvolvimento Sustentável da CGTP-IN
Mais informações sobre o Dia Mundial do Ambiente de 2019: https://www.worldenvironmentday.global/