SYRIA CONFLICTO acto de agressão levado a cabo esta noite pelos EUA, França e Reino Unido – com o apoio da União Europeia e da NATO - contra a República Árabe Síria merece da CGTP-IN a mais vigorosa condenação.

Condenação porque se trata de um acto perpetrado em violação do Direito Internacional e da Carta da ONU, procurando introduzir novos elementos de desestabilização e contrariar os avanços alcançados pelo diálogo e os esforços de vários países para trazerem de volta a paz a este povo.

Condenação porque se trata de um acto inscrito na contínua agressão à Síria – em que têm estado também envolvidos Israel, Turquia e as monarquias do Golfo -, na qual é saliente o recurso ao terrorismo – seja por acção própria, seja por procuração a grupos que actuam neste país. Invocar o uso de armas químicas em Douma é um acto da mais profunda manipulação – vejam-se as mentiras mais recentes em relação ao Iraque e à Líbia, com as dramáticas consequências que se conhecem. Sobretudo quando os peritos internacionais só agora chegaram ao local para investigar e apurar o ocorrido e as responsabilidades, o que revela um claro intento de manietar a opinião pública e procurar justificar a agressão.

Os bombardeamentos agora levados a cabo são um passo de enorme gravidade numa escalada de desenvolvimentos imprevisíveis para a Síria e toda a região, contribuindo ao mesmo tempo para o estado de profunda destruição da sua infraestrutura, capacidade produtiva, emprego, serviços públicos e degradação das condições de vida do povo - resultado que desmente qualquer preocupação com os seus direitos e bem-estar.

A CGTP-IN critica veementemente a cumplicidade do governo português e da sua actuação contrária aos princípios da Constituição da República Portuguesa e expressa a solidariedade aos trabalhadores, ao movimento sindical e ao povo da Síria na sua luta em defesa da paz e da sua pátria independente e soberana.

A CGTP-IN apela aos trabalhadores e ao povo português para se mobilizarem em solidariedade com a Síria e o seu povo e reforçarem a luta em defesa da paz.

DIF/CGTP-IN
Lisboa, 14.04.2018