No dia 6 de Agosto assinalam-se 75 anos do bombardeamento nuclear por parte dos Estados Unidos da América sobre a cidade Japonesa de Hiroxima, com o lançamento de uma segunda bomba sobre Nagasaki no dia 9 de Agosto. Estes actos criminosos provocaram mais de 250.000 mortos e sequelas graves em muitos milhares de japoneses.

Esta ação dos Estados Unidos constituiu um verdadeiro genocídio cujas consequências, para além dos mortos nesse momento, perduram hoje ainda na saúde e na memória de muitos cidadãos japoneses e de toda a humanidade. Esse autêntico holocausto deve constituir para todos os cidadãos amantes da paz um exemplo do que foi a cruel e desumana utilização de armas nucleares.

A CGTP-IN associa-se a todos os que lutam para que actos desta natureza não voltem a ocorrer. O arsenal de armas nucleares hoje existente é bem maior e mais destrutivo. A utilização deste tipo de armas significaria seguramente a destruição da própria espécie humana e da civilização no nosso planeta.

Apesar da pandemia e da situação que vivemos, em várias partes do globo prosseguem agressões e ingerências a países soberanos, com a guerra e a subjugação aos interesses dos EUA e da NATO, que alarga o seu campo de intervenção e instala novas bases militares em vários pontos do globo, acompanhada do ataque à soberania dos países e do saque aos seus recursos naturais.

As graves ameaças que pendem sobre a humanidade, em tempos de tantas incertezas e perigos, em particular, quando a administração norte-americana se desvincula de acordos internacionais, nomeadamente os que limitam as armas nucleares, ou admite o uso preventivo de armamento nuclear, e no dia que se recorda esta imensa catástrofe humana, convocam os trabalhadores e os povos a redobrar de esforços para combater o militarismo, a guerra, a ingerência, a agressão, e a lutar pela paz.

A Constituição da República Portuguesa defende um desarmamento geral, simultâneo e controlado, nomeadamente a abolição das armas nucleares, e este é um importante passo para a Paz, para a salvaguarda do ambiente e dos ecossistemas e da própria sobrevivência da humanidade.

A CGTP-IN apela a todos que subscrevam a petição «Pela adesão de Portugal ao Tratado de Proibição de Armas Nucleares - Defender a paz é defender a vida» - https://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=ProibirArmaNuclear - que defende que Portugal, rejeitando as pressões e chantagens para que países não o ratifiquem, deve assinar e ratificar o tratado de abolição das armas nucleares, em respeito pela Constituição da República Portuguesa. A defesa da paz exige o combate ao militarismo e à corrida armamentista, por um mundo livre de armas nucleares.