A grave situação criada nas Urgências Hospitalares e a deterioração significativa da prestação dos cuidados de saúde às populações, com impactos dramáticos para a vida das pessoas, é mais um exemplo das consequências dos cortes orçamentais levados a cabo pela política irresponsável desenvolvida pelo Governo do PSD-CDS.
A falta de recursos humanos e materiais; o encerramento de serviços de cuidados de saúde primários; a insuficiência do número de profissionais nos serviços; o recurso a empresas de trabalho temporário, tratando os cuidados de saúde como mercadoria; são, entre outros, problemas que se tivessem tido resposta atempada, como os sindicatos da CGTP-IN têm reivindicado, poderia ter evitado as mortes que ocorreram neste período.
Como fica claro, a sucessão de tragédias pessoais a que assistimos nas últimas semanas, são parte integrante de uma opção ideológica e de uma estratégia economicista do Governo, que visam a degradação e descredibilização do SNS, com vista à sua destruição.
Contrariamente ao que pretende fazer crer o Governo, a situação criada não é pontual, mas frequente nos serviços de urgência hospitalar, agravada nos últimos dias com mortes a lamentar e tempos de espera inadmissíveis para os doentes serem observados por um médico.
Perante esta situação alarmante, exige-se a implementação de medidas que assegurem uma resposta célere e eficaz dos serviços públicos de saúde, designadamente no âmbito dos recursos humanos, com a admissão imediata de mais profissionais para as instituições; passagem a efectivos dos milhares de trabalhadores com vínculos de trabalho precário; afastamento das empresas de trabalho temporário; valorização das carreiras, vínculos e remuneração dos profissionais de saúde.
Por mais alegações que o Governo apresente, não há desculpas que justifiquem uma política que põe em causa a vida das pessoas.
Pôr termo a esta política e a este Governo é um imperativo de todos quantos defendem um S.N.S. ao serviço da qualidade de vida do povo e do desenvolvimento do país!