Os números anunciados pelo INE sobre o desemprego jovem são altamente preocupantes. 26% dos jovens até aos 25 anos estão desempregados, números comparáveis aos anos negros da troika.
É impossível desligar estes valores da instabilidade e precariedade que caracteriza o trabalho jovem. A esmagadora maioria dos jovens trabalhadores fica presa indefinidamente à incerteza dos contratos a prazo, dos recibos verdes, dos estágios não remunerados, das empresas de trabalho temporário e prestadoras de serviço. Foram estes vínculos precários que facilitaram o despedimento de mais de 80 mil jovens trabalhadores.
Esta precariedade não é nova mas também não é normal. Esta é a realidade com que os jovens trabalhadores lidam já muito antes da pandemia, e que a Interjovem/CGTP-IN tem vindo a denunciar e a combater e que os sucessivos governos PS e PSD/CDS não só têm falhado em dar resposta como têm aprofundado, nomeadamente com as recentes alterações ao código do trabalho.
O que os jovens querem e precisam é de trabalho estável e com direitos para poderem construir o seu futuro com segurança e não esta política de precariedade, baixos salários, horários desregulados, que tantas vezes os têm obrigado a emigrar.
Não há volta a dar a precariedade e os baixos salários tem que acabar!