No final da reunião de Concertação Social identificaram-se 4 grandes questões que importa registar:
1. O Governo confirma que vai manter os cortes nos subsídios e no valor do trabalho extraordinário.
2. O Governo tem a intenção de rever a contratação colectiva para a destruir. Designadamente pela redução do número de anos para a caducidade, o que a acontecer levaria a uma redução da retribuição..
3. O Governo foge da discussão sobre o aumento do Salário Mínimo Nacional (SMN) e recusa-se a adiantar uma data para esta se efectivar. Demonstrando, claramente, que tem montada uma estratégia para não cumprir o acordo sobre o aumento do SMN e prolongar a sua não actualização, no imediato, ainda este ano.
4. O Governo evidencia que a denominada “reforma do Estado”, terá como objectivo dar suporte a novos cortes na Segurança Social, Educação e Saúde, com vista a reconfigurar o papel do Estado, transformando-o em mínimo para o povo e máximo para os grupos económicos e financeiros.
Nunca como hoje foi tão gritante o contraste entre os ideais – de liberdade, de dignidade, de justiça social, de progresso, de direitos sociais – que Abril e Maio simbolizam e a realidade de uma governação que tão brutalmente as contradiz e sistematicamente as põe em causa.
No próximo dia 1 de Maio, vamos todos participar nas comemorações do Dia Internacional do trabalhador afirmando que não aceitamos esta ofensiva contra os direitos dos trabalhadores, contra as suas familias, contra o futuro de Portugal.