Os dados divulgados pelo EUROSTAT confirmam a evolução negativa do desemprego em Portugal. São já 10,9% os trabalhadores empurrados para uma situação de desemprego, valor mais elevado dos últimos 30 anos. Ao mesmo tempo que na Zona Euro a taxa oficial se mantém constante desde Março nos 10% e no conjunto dos 27 países que compõem a UE nos 9,6%, o desemprego em Portugal continua a subir, aproximando-se dos 11%, a quarta maior taxa de desemprego no mês de Maio.

Comunicado de Imprensa n.º 039/10

TAXA OFICIAL DE DESEMPREGO PERTO DOS 11%

Os dados divulgados pelo EUROSTAT confirmam a evolução negativa do desemprego em Portugal. São já 10,9% os trabalhadores empurrados para uma situação de desemprego, valor mais elevado dos últimos 30 anos. Ao mesmo tempo que na Zona Euro a taxa oficial se mantém constante desde Março nos 10% e no conjunto dos 27 países que compõem a UE nos 9,6%, o desemprego em Portugal continua a subir, aproximando-se dos 11%, a quarta maior taxa de desemprego no mês de Maio.

A taxa de desemprego divulgada pelo EUROSTAT vem confirmar as preocupações manifestadas pela CGTP-IN, exigindo do Governo, não só uma inversão na retirada das “medidas anti-crise”, como o seu aprofundamento e alargamento. Não é aceitável que, ao mesmo tempo que sobe o número de desempregados, se retirem apoios deixando cada vez mais trabalhadores e suas famílias numa situação de privação, com inevitáveis consequências no plano da exclusão social e da pobreza. Não deixa de ser paradoxal que esta situação ocorra no ano europeu contra a pobreza e exclusão social.

Na mesma linha, as medidas anunciadas e/ou já em curso, que se traduzem numa redução de salários (via aumento das retenções de IRS) e no aumento dos preços (via aumento do IVA) só contribuirão para uma maior degradação da condições de vida, com perda de poder de compra e com implicações na dinamização da economia, introduzindo novos factores de depressão sobre o emprego, num momento em que aumenta o número de milionários em Portugal.

Para a CGTP-IN a inversão de políticas é um imperativo e uma exigência, não estando o país condenado à inevitabilidade de uma política errada no plano económico e injusta e desastrosa no plano social. O crescimento económico, uma política que tenha como objectivo central romper com o ciclo estagnação económica -desemprego – mais estagnação económica, é determinante para dar resposta aos problemas com que milhares de trabalhadores e suas famílias estão confrontados. Não havendo alteração de política, é com um futuro cada vez mais hipotecado que se depararão os trabalhadores, com especial incidência nos jovens, cuja taxa oficial de desemprego se situa acima dos 22%.

O país, os trabalhadores e o povo português não podem continuar reféns de opções políticas que se têm traduzido na manutenção e crescimento dos privilégios de uma minoria de grandes detentores de capital, a par da estagnação económica, desemprego e degradação das condições de vida da maioria do povo português.

É tempo de pôr a economia ao serviço do bem-estar do povo português e do desenvolvimento económico e social do país e não ao serviço dos interesses dos grupos económicos e financeiros.

DIF/CGTP-IN

Lisboa, 02.07.2010