Hoje, 3 de Maio, é Dia Mundial da Liberdade de Imprensa.
A globalização da informação e da programação instalou-se
definitivamente no panorama nacional. Informação e programação
inseridas em marcas e estratégias empresariais e formatadas a partir do
poder económico correspondem a linhas de negócio integradas no tecido
das alianças empresariais internacionais que têm, nesta componente, o
cumprimento de um objectivo: assegurar a emissão de uma mensagem
estrategicamente favorável a um estilo, a uma economia, a uma política,
de defesa dos seus outros negócios. Agentes da indústria, do comércio,
da nova economia e, principalmente, da finança, são os novos “donos”
da comunicação social.
Comunicado de imprensa n.º 047/12
CGTP-IN ASSINALA DIA MUNDIAL DA LIBERDADE DE IMPRENSA
Hoje, 3 de Maio, é Dia Mundial da Liberdade de Imprensa.
A globalização da informação e da programação instalou-se definitivamente no panorama nacional. Informação e programação inseridas em marcas e estratégias empresariais e formatadas a partir do poder económico correspondem a linhas de negócio integradas no tecido das alianças empresariais internacionais que têm, nesta componente, o cumprimento de um objectivo: assegurar a emissão de uma mensagem estrategicamente favorável a um estilo, a uma economia, a uma política, de defesa dos seus outros negócios. Agentes da indústria, do comércio, da nova economia e, principalmente, da finança, são os novos “donos” da comunicação social.
A superficialidade e o caso quotidiano (de preferência de natureza populista e voyeurista) ocupam o espaço de ocultação dos reais e sérios problemas sociais e políticos. Fomenta-se a abstenção cívica e a passividade social e as dificuldades são meros contratempos inevitáveis. O espectáculo, o sensacionalismo e a exploração de emoções como matriz de informação constituem hoje a opção editorial de uma vasta gama de órgãos de comunicação social.
O cenário existente e a rede criada de suporte económico e financeiro destas novas empresas de comunicação social e os objectivos inerentes a esta matriz estrutural e ideológica (actuando em prol da construção de uma sociedade que se pretende uniforme e ociosa e robotizada) comportam questões de ética, de deontologia e de exercício profissionais.
É neste quadro de permanente preocupação que a CGTP-IN assinala o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa associando-se à mensagem do Sindicato dos Jornalistas, designadamente no que se refere ao crescente agravamento das condições laborais dos jornalistas, às centenas de despedimentos e à intensificação da precariedade.
Tal como o Sindicato dos Jornalistas, na sua importante e digníssima mensagem, também a CGTP-IN considera a “informação um bem público inestimável”, para o que precisa absolutamente de jornalistas livres e com direitos porque “sem informação livre, plural e de qualidade, não há verdadeira democracia”.
Assim como subscreve:
“Uma informação que valoriza a cidadania está sinceramente empenhada em conferir permanentemente saberes e competências aos cidadãos; torna-os mais capazes de conhecer, de analisar, de discutir e de decidir sobre as suas vidas e sobre a vida da colectividade; habilita-os a fazer escolhas informadas sobre os órgãos de soberania, as autarquias locais e sobre o seu futuro.”
Assim como continuamos a defender espaços públicos de informação que contribuam para as causas dos trabalhadores e a consequente consolidação dos pilares da democracia.
DIF/CGTP-IN
Lisboa, 03.05.2012