Há menos empregos em todos os sectores
CGTP exige mudança de políticas
A CGTP-IN encara com muita preocupação o agravamento da situação do mercado de emprego no 2º trimestre de 2007.
Comunicado de Imprensa n.º 035/07
Desemprego e precariedade continuam a crescer
Há menos empregos em todos os sectores
cgtp exige mudança de políticas
A CGTP-IN encara com muita preocupação o agravamento da situação do mercado de emprego no 2º trimestre de 2007. Os dados do INE tornados públicos hoje revelam que houve um agravamento da taxa de desemprego 0,6 pontos percentuais face ao trimestre homólogo, uma quebra de 0,5% no emprego e um aumento de quase 78 mil no número de trabalhadores precários em apenas um ano.
A taxa de desemprego situa-se agora nos 7,9%, sendo já a quinta mais alta entre os vinte e sete países da União Europeia que, na sua maioria, vêem descer o nível de desemprego. As mulheres continuam a ser as mais afectadas pelo desemprego, tendo passado a ter um peso de 56% no desemprego total e uma taxa de desemprego de 9,4%. Preocupante é ainda o facto do desemprego ter aumentado mais entre as camadas etárias potencialmente mais activas (até aos 35 anos) e entre os licenciados, cujo aumento foi de 25%.
A quebra do emprego verificou-se em todos os sectores de actividade, com destaque para a Administração Pública (menos 10,5%, correspondendo a menos 38 mil empregos), os transportes e comunicações (menos 6%), a educação (menos 3,2%), a indústria transformadora (2,4%) e comércio (menos 2,3%). Os grupos profissionais mais qualificados foram os mais atingidos pelas perdas de emprego, nomeadamente entre os quadros superiores do sector público e privado, com menos 48 mil empregos. Como consequência, a taxa de emprego regrediu face ao mesmo trimestre de 2006.
A juntar à difícil situação em que vivem os mais 440 mil desempregados, há agora quase 864 mil trabalhadores com trabalhos precários, com o seu peso a aumentar para os 22,2% face aos 20,2% observados no 2º trimestre de 2006.
Esta evolução não pode ser desligada do fraco crescimento económico que se tem verificado, em grande medida agravado pelas políticas económicas desastrosas conduzidas pelo Governo PS. Os tão prometidos 150 mil postos de trabalho são cada vez mais uma miragem.
Repare-se que, no 2º trimestre deste ano, o PIB cresceu em apenas 1,6%, muito abaixo dos 2,8% da União Europeia, acentuando o diferencial já verificado no 1º trimestre, contribuindo certamente para que 2007 seja mais um ano de divergência em relação a esse espaço.
Estancar o desemprego e fazer crescer o emprego só será possível se houver inversão das políticas económicas que originam esta preocupante realidade.
DIF/CGTP-IN
Lisboa, 2007-08-17