Passam hoje, dia 6 de agosto, 69 anos sobre o lançamento pela força aérea dos Estados Unidos da América, da primeira bomba atómica sobre a cidade japonesa de Hiroshima, a qual matou de imediato mais de 150.000 cidadãos japoneses. Poucos dias depois, uma segunda bomba foi lançada sobre Nagasaki, causando outras largas dezenas de milhar de mortos.

Esta ação dos Estados Unidos constituiu um verdadeiro genocídio cujas consequências, para além dos mortos nesse momento, perduram hoje ainda na saúde e na memória de muitos cidadãos japoneses e de toda a humanidade. Esse autêntico holocausto deve constituir para todos os cidadãos amantes da paz um exemplo do que foi a cruel e desumana utilização, por uma grande potência, de armas nucleares.

Hoje é um dia em que, recordando essa imensa catástrofe humana, os trabalhadores e os povos devem redobrar esforços para combater o militarismo, a guerra e a agressão, e lutar pela paz.

A CGTP-IN é promotora de uma petição mundial pela abolição total das armas nucleares, apelando a que os trabalhadores e os cidadãos do nosso país a subscrevam.

Uma delegação da CGTP-IN está neste momento presente no Japão para participar na Conferência Mundial Contra as Bombas Atómica e de Hidrogénio, promovida pela central sindical japonesa ZENROREN e pelo movimento da paz japonês. Graciete Cruz, membro do secretariado e da Comissão Executiva, representa a central nesta conferência, num seminário internacional sobre a luta pela paz e em vários atos públicos nas cidades de Hiroshima e Nagasaki.

Num momento em que em várias partes do mundo têm lugar brutais agressões, massacres e genocídios, de que se destacam Gaza e a Ucrânia, é preciso dizer basta de ingerências, de guerra e de utilização de armas de destruição massiva. É urgente ultrapassar a dissuasão nuclear, adotar um tratado para a total interdição de armas nucleares e é imperioso lutar pela resolução pacífica dos conflitos e por uma vida e meio ambiente seguros.

DIF/CGTP-IN

Lisboa, 6.08.2014