A Juventude Trabalhadora saiu à rua, em Lisboa e no Porto, para exigir melhores condições de vida e de trabalho. Numa iniciativa organizada pela Interjovem da CGTP-IN e sob o lema "Produzimos a riqueza - Queremos o que é nosso - Exigimos Soluções", a manifestação serviu também para assinalar o Dia Nacional da Juventude, um dia em que o os jovens trablahadores exigiram melhores salários e menos precariedade.
Ao longo dos desfiles a mensagem sublinhada foi de que o modelo de baixos salários, precariedade, horários longos e desregulados e a legislação laboral que não garante a contratação coletiva não serve para que os trabalhadores tenham vida digna, salários dignos, condições de trabalho e vínculos estáveis.
Resolução aprovada
Em Lisboa e no Porto, os jovens trabalhadores assinalam o Dia da Juventude em luta, 75 anos depois do acampamento de jovens do MUD Juvenil a 28 de Março em Bela Mandil.
Saudamos todos os trabalhadores, jovens e menos jovens, que têm intensificado a luta nas empresas e locais de trabalho, resistindo contra pressões e ataques à liberdade sindical, pelo aumento dos salários, contra a precariedade, em defesa do emprego, pela redução do horário de trabalho, e pelo emprego com direitos.
O governo que tomou posse terá de ir além da propaganda e medidas paliativas e terá de tomar medidas efectivas de defesa do emprego e valorização do trabalho e dos trabalhadores, nomeadamente que aumentem o salário e façam face ao aumento galopante do custo de vida. Rejeitamos a chamada agenda do trabalho digno e de valorização dos jovens por não resolver os problemas da juventude e antes normalizar a precariedade.
Assim, os jovens trabalhadores presentes exigem
Aumento geral dos salários em 90€ e do salário mínimo nacional para 850€
O fim da precariedade - para que a um posto de trabalho permanente corresponda um trabalhador com vínculo efectivo
O fim dos horários desregulados e o horário de 35h para todos sem perda de retribuição
A efectivação dos nossos direitos, nomeadamente de maternidade, paternidade e de trabalhador-estudante
A revogação das normas gravosas do Código do Trabalho, nomeadamente o período experimental alargado para 180 dias para trabalhadores à procura do primeiro emprego, a caducidade da contratação da contratação colectiva e a reposição do tratamento mais favorável ao trabalhador
O reforço do investimento nos serviços públicos, nomeadamente no SNS
Condições de saúde e segurança nos locais de trabalho e transportes
Os Jovens trabalhadores assumem aqui intensificar a luta nas empresas e locais de trabalho, por melhores condições de vida e de trabalho, pelas reivindicações específicas e gerais, organizados nos seus sindicatos de classe da CGTP-IN
Reafirmamos também o nosso compromisso com a paz, a solidariedade e o diálogo, assim como a luta pela paz, o desarmamento, e o fim das escaladas militares.
Celebraremos os 48 anos da Revolução de Abril na rua, com os valores de abril no horizonte e traremos à grande jornada de luta do 1º de Maio, dia do trabalhador, a força, vitalidade e alegria da juventude!
DIF/CGTP-IN
01.04.2022