Em conferência de imprensa, realizada após a reunião do Conselho Nacional, a CGTP-IN transmitiu que considera inadmissíveis as pressões e as ameaças da Comissão Europeia para procurarem impor um Orçamento do Estado para 2016 de continuidade à política de asfixia económica que pressupõe a retirada de direitos às pessoas e acentua a sangria social do memorando da troika.
A CGTP-IN entende que o Governo tem de resistir às pressões da Comissão Europeia para aplicar medidas de austeridade para controlar o défice, tendo uma voz forte, de confronto, para conseguir pôr em prática novas políticas - mais favoráveis aos trabalhadores e às suas famílias.
Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP-IN, defendeu ainda a necessidade de se criar um movimento de contestação nacional à ingerência europeia, para mostrar que o caminho não pode ser este.
Na conferência de imprensa, Arménio Carlos divulgou uma resolução aprovada pelo Conselho Nacional, onde são reivindicadas melhores condições de vida e de trabalho, o combate à ingerência europeia e novas políticas para o país.
No documento, a CGTP-IN defende a reposição dos rendimentos dos portugueses, uma nova política fiscal, uma mais justa distribuição da riqueza e a renegociação da dívida pública.
"Para a CGTP-IN é possível e incontornável a renegociação da dívida e o confronto com as regras do Tratado Orçamental e do Pacto de Estabilidade, instrumentos que hipotecam o desenvolvimento nacional e põem em causa a soberania do país". Para a CGTP-IN a dívida é impagável e vai continuar a limitar o desenvolvimento do país.