Na reunião de ontem com a administração da VW Autoeuropa, o sindicato da Fiequimetal/CGTP-IN voltou a reafirmar a posição clara e inequívoca que os trabalhadores tomaram no referendo de 28 de Julho, contra a proposta patronal de alteração dos horários de trabalho. A greve de dia 30 mantém-se.
Num comunicado que hoje está em distribuição na fábrica de Palmela, o SITE Sul informa que a administração quer fazer crer que a rejeição dos trabalhadores se reporta, tão só, às «compensações» e não quer admitir que aquilo que de facto se passou foi a clara rejeição da obrigatoriedade do trabalho ao sábado e, como se não bastasse, com retribuição inferior àquela que tem vindo a ser praticada na empresa.
Na reunião, a administração afirmou estar a estudar outras possibilidades. O sindicato declarou que estará disponível para a discussão de todas as possibilidades, desde que estas não colidam com os direitos dos trabalhadores.
Dando sequência à decisão dos trabalhadores, manifestada nas duas sessões de Plenário Geral, o sindicato decidiu avançar com a greve para dia 30 de Agosto.
No dia 28, o sindicato promoverá a realização de um Plenário Geral de Trabalhadores, haja ou não alteração na posição da empresa.
Contra a precariedade
Com os novos trabalhadores a empresa está a celebrar contratos de trabalho precários, uma vez que se trata de emprego a prazo (seis meses).
Ora, para que trabalhador e empresa manifestem o interesse na continuidade do vínculo laboral, na lei já existe o período experimental que, sendo excessivo, é muito inferior a seis meses. Neste sentido, o sindicato defende que os actuais contratos a prazo sejam convertidos em emprego efectivo e que devem ser celebrados como efectivos os futuros contratos de trabalho.
FONTE: FIEQUIMETAL