Já lá vão 84 anos desde que, a 18 de Janeiro de 1934, na Marinha Grande, foi iniciada a movimentação dos trabalhadores da indústria vidreira junto das autoridades, pela abertura do sindicato dos vidreiros em particular, entre outras reivindicações. A data pode passar despercebida em muitos locais do País, mas, na Marinha Grande, a revolta da época nunca foi esquecida e, para assinalar mais um ano da data, o Sindicato dos Trabalhadores de Indústria Vidreira organizou duas semanas de actividades.
Hoje, no dia de aniversário da revolta, o calendário de actividades reservou novos momentos de homenagem que vão unir a cidade marinhense. A primeira das actividades planeadas para hoje, com início às 10h00, é uma romagem aos cemitérios de Casal Galego e Marinha Grande, com deposição de flores nas campas dos prisioneiros que, em 1934, participaram no movimento. A celebração da data prossegue depois com o desfile Ontem e hoje a luta dos direitos , que está agendado para as 11h30.
Também ao longo do dia de hoje realizar-se-á uma actuação do grupo de percussão Tocándar , na Praça do Vidreiro, que será seguida por uma cerimónia pública, junto ao monumento do vidreiro, com intervenções sindicais e a presença da comissão executiva da CGTP-IN. Os festejos continuam no domingo, pelas 10h00, com a prova de atletismo de 18km vidreiro que terá partida e chegada junto aos sindicato dos vidreiros. Ainda no âmbito das comemorações, na próxima quinta-feira, dia 25 de Janeiro, será apresentado o livro Forte de Peniche: memória, resistência e luta com a participação de Vítor Dias e Adelino Silva, ambos ex-presos político.
O concerto desta noite pelo artista Luso-Iraniano Mazgani faz tembém parte da comemoração e é celebrado às 21h30, no Teatro Stephens.
“O que impunha era levar a classe operária à luta pela defesa das regalias alcançadas, por melhores salários e contra a repressão que vinha sendo desencadeada contra si e em especial contra os operários que se destacavam na luta”, lêse no excerto do relatório de José Gregório, texto que ainda hoje é utilizado para ilustrar a importância da revolução.
O calendário de iniciativas que assinala a data na Marinha Grande iniciou-se na passada sexta-feira, com uma palestra à qual se seguiu teatro, exposições e até diversões para os mais pequenos.
| Revolta vidreira de 1934 volta a ser lembrada na Marinha Aniversário Marinha Grande volta a unir-se para celebrar o 84.º aniversário da revolta vidreira de 18 de Janeiro. Um desfile e um concerto de percussão estão no programa Revolta dos trabalhadores da indústria vidreira aconteceu a 18 de Janeiro de 1934.
Fonte: Diário de Leiria