Podem ser anunciadas formas de luta na Thyssenkrupp Elevadores, mas a Comissão Intersindical espera que na reunião de negociação marcada para amanhã a direcção apresente soluções para responder ao Caderno Reivindicativo.
A Comissão Intersindical da Fiequimetal, num comunicado sobre as negociações do Caderno Reivindicativo entregue em Setembro, recorda a proposta inaceitável feita pela direcção para 2019: aumentos salariais de 30 euros, para salários até mil euros, e aumentos de 15 euros, para salários superiores a este valor, mediante aceitação de novos horários de trabalho, mais penosos. Sobre outras reivindicações, a direcção nada respondeu.
Ano após ano têm sido sucessivamente cumpridos os objectivos colocadas pela direcção, propiciando lucros de milhões de euros à multinacional. A proposta patronal não constitui compensação aos trabalhadores por esses bons resultados.
Continua sem solução à vista a discriminação salarial em todas as categorias profissionais.
A Comissão Intersindical (SIESI, SITE Norte, SITE Centro-Norte e SITE CSRA) persiste no objectivo de melhorar as rubricas salariais fixas, em detrimento das variáveis, usando as centenas de milhares de euros usadas pela empresa anualmente em prémios e comissões.
Prontos para organizar a luta, os sindicatos da Fiequimetal e os representantes dos trabalhadores continuam a trabalhar na procura de soluções, pela via negocial, que possam melhorar os salários, reduzir a discriminação salarial, enquadrar as categorias profissionais em níveis com progressão bem definida, aumentar as restantes rubricas salariais e facilitar a conciliação do trabalho com a vida pessoal.
Quanto à possibilidade de alteração de horários de trabalho, os sindicatos afirmam que não existem razões plausíveis, de qualquer natureza, que justifiquem a substituição do regime de piquete por turnos rotativo. Os trabalhadores não devem assinar qualquer alteração unilateral do horário de trabalho, apela-se no comunicado, deixando um aviso: a criação de novos horários de trabalho, à revelia dos trabalhadores, criará um clima de conflito generalizado, cuja responsabilidade será exclusiva da direcção da empresa.