A Uniself, que explora as cantinas das escolas EB 2,3 e secundárias concessionadas pela DGEstE - Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares, reduziu o número de trabalhadores e cargas horárias em muitas cantinas das escolares e não fornece os produtos necessários para o bom funcionamento das unidades, dificultando ainda mais as tarefas aos trabalhadores.

O sindicato fez uma visita à grande maioria das cantinas escolares de Região Norte e verificou que a Uniself não cumpre com os quadros mínimos de pessoal previstos no caderno de encargos do concurso público em nenhuma cantina; reduziu a carga horária em muitas cantinas; há muitos trabalhadores com uma carga horária semanal de 7,5, 10 ou 15 horas por semana, quando o mínimo previsto no caderno de encargos é de 20 horas por semana; não deu a categoria de preparadora de cozinha a muitos trabalhadores a tempo completo, conforme prevê o caderno de encargos; este ano classificou cerca de uma dezena de trabalhadoras com a categoria de cozinheira de 3.ª quando, no passado, estavam todas classificadas como cozinheiras de 2.ª; contratou muito trabalhadores através de empresas de trabalho temporário e só para o período de setembro a dezembro, quando o compromisso assumido com o sindicato foi de contratar todos os trabalhadores diretamente, sem recuso a empresas de trabalho temporário e para todo o ano letivo.

Além disso, a Uniself não está a respeitar as capitações previstas no caderno de encargos nem sequer as encomendas das cozinheiras, dificultando ainda mais as tarefas dos trabalhadores e pondo em causa a quantidade e qualidade das refeições servidas às crianças.

O sindicato solicitou uma reunião à Uniself, mas esta nem se dignou a responder, pelo que foi requerida uma reunião no Ministério do Trabalho com a empresa que teve lugar no passado dia 17 do corrente mês de outubro.

Nesta reunião, a Uniself comprometeu-se a corrigir algumas situações, mas a verdade é que até à data nada foi alterado.

Amanhã realiza-se uma greve dos trabalhadores da cantina da Escola Secundária da Vila das Aves pelas 8 horas, os trabalhadores e o sindicato vão dar uma conferência de imprensa à porta da escola para explicar melhor as razões da luta.

FONTE: Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte