e postal cartazA FENPROF disponibilizou online um postal digital para os professores e educadores contratados a exigirem a negociação de mecanismos para a sua vinculação e para a estabilidade, um direito que o governo lhes continua a negar.

Os docentes – educação pré-escolar e ensinos básico e secundário – deverão submeter uma mensagem eletrónica, num “postal digital” que será dirigido ao Primeiro-Ministro, ao Ministro da Educação e à Comissão de Educação, Ciência, Juventude e Desporto da Assembleia da República. Desde ontem, dezenas de docentes contratados já remeteram a sua exigência para os destinatários, número que, com toda a certeza, vai crescer substancialmente nas próximas semanas.

No Orçamento do Estado para 2020 (OE), ao contrário do que chegou a acontecer na anterior legislatura, ainda que de forma muito insuficiente para a dimensão do problema, o governo não quis prever qualquer mecanismo para acelerar a regularização do vínculo dos docentes, mesmo sabendo-se que o dispositivo previsto na lei – a chamada norma-travão – é inepto para suster o recurso abusivo à contratação a termo. As propostas apresentadas pelo PCP e pelo BE em sede de discussão na especialidade do OE foram recusadas com os votos contra de PS, PSD, CDS e IL. A acrescer, estão na memória declarações de governantes e de responsáveis do PS que, celebrando com exagero o número de vinculações realizado na anterior legislatura, parecem querer dar a tarefa por terminada: lavam as mãos de um dos problemas mais graves que afetam negativamente a condição docente em Portugal.

É isto que a FENPROF e os professores não podem aceitar. O recurso à contratação a termo continua a ser feito de forma abusiva para necessidades permanentes das escolas. Isto contraria a Constituição, as leis do trabalho e, até, o direito comunitário.

FONTE: FENPROF