A anunciada privatização da ANA, EP constitui um grave atentado ao património público, potencia o aumento das taxas aeroportuárias, contribui para a concentração monopolista do sector à escala europeia e acentua a degradação da soberania nacional.
Com a privatização da ANA, o Governo do PSD-CDS entrega aos privados uma empresa que dá lucros de muitos milhões de euros, que, futuramente, não só deixarão de reverter para o Estado como passarão a engrossar as divisas que saem do país.
O encaixe financeiro que, eventualmente, atingirá os 3 mil milhões de euros, tem de se analisado como conjuntural se comparado com o que as contas públicas perdem de forma estrutural. Nos últimos anos a ANA representou um encaixe de 2 mil milhões de euros entre receitas que entregou e investimento público que assumiu. Neste quadro, é caso para perguntar quanto perderá o Estado e ganhará o consórcio privado com este negócio, nos próximos 50 anos?
Os aeroportos são um elemento estratégico para o desenvolvimento económico e social do país e a sua relação com o mundo, sendo que a gestão pública integrada na rede nacional de aeroportos foi decisiva para a sua expansão e modernização.
Perante este quadro, defender os interesses nacionais implica dizer NÃO à privatização da ANA.