SiriaA CGTP-IN esteve presente no Fórum Sindical Internacional de «Solidariedade com os trabalhadores e o povo sírios, contra o terrorismo, o bloqueio económico e as políticas de intervenção imperialistas», que se realizou em Damasco a 11 e 12 de Setembro, por iniciativa da União Geral de Sindicatos da República Árabe Síria (GFTU), em conjunto com a Confederação Internacional de Sindicatos Árabes (ICATU) e a Federação Sindical Mundial (FSM).

Na sua intervenção a CGTP-IN reiterou a «solidariedade com a resistência da República Árabe Síria, os trabalhadores e o povo sírio, e prestou homenagem aos milhares de homens e mulheres mortos, na sua maioria trabalhadores, e aos milhões de deslocados e refugiados».

A CGTP-IN saudou ainda a «resistência dos trabalhadores e do povo sírios, os seus avanços e reconquistas, bem como a defesa da soberania e independência nacional da Síria e a sua integridade territorial. Uma resistência que é em si mesma um valioso acto de solidariedade com os trabalhadores e os povos de todo o mundo na luta anti-imperialista e pela defesa da sua soberania e independência nacionais».

A Declaração Final subscrita pelas 60 organizações sindicais provenientes de todos os continentes que estiveram presentes sublinha a importância da luta dos trabalhadores de todo o mundo para enfrentarem as políticas intervencionistas do imperialismo, incluindo através do terrorismo, o qual assume na Síria várias expressões e consequências trágicas para o seu povo, incluindo através do bloqueio e as sanções económicas impostas pelos EUA, União Europeia e seus aliados. As organizações presentes apelaram por isso à unidade dos trabalhadores e dos povos com países e forças que, por motivos diversificados, se oponham às aventuras belicistas que, além de tentarem destruir a Síria, ameaçam toda a Humanidade.

Os presentes saudaram a firmeza e os sacrifícios dos trabalhadores e do povo sírios, enfrentando as graves consequências da guerra de agressão que dura à sete anos, defendendo a sua soberania e independência nacionais. E salientaram que a agressão à Síria visa, para além da destruição deste país e do seu domínio pelo imperialismo, em particular pelo imperialismo dos EUA, punir as suas posições históricas de defesa dos povos Árabes e em particular do fim da ocupação israelita da Palestina e dos direitos inalienáveis deste povo de retorno e de auto-determinação.

O documento final salienta ainda: a relação entre a luta contra a exploração, a opressão nacional e a ingerência nos assuntos internos do povo Sírio, com a luta deste povo pelo progresso e a justiça social; condena a intervenção dos EUA, Turquia e das potências da UE e da NATO nos assuntos internos da Síria, o seu apoio aos grupos terroristas e o estabelecimento de bases ilegais no território da Síria, exigindo o seu encerramento e a retirada incondicional das suas forças de todo o território; condena a descriminação, a exploração e a falta de assistência dos deslocados e refugiados sírios, nomeadamente quando tentam entrar em países da União Europeia; saúda a luta dos trabalhadores e dos povos contra as políticas impostas pela globalização capitalista e alertou para as repercussões do endividamento imposto por organizações como o FMI e o Banco Mundial a países independentes e soberanos.

A iniciativa não esqueceu a Palestina e o seu povo – questão central do Médio Oriente. Condenou a ocupação de Israel e saudou a coragem e os sacrifícios dos palestinianos na resistência à exploração e opressão sionista e apelou à mobilização de esforços na defesa da libertação dos prisioneiros palestinianos detidos nas cadeias israelitas.

 

INT/CGTP-IN
12.09.2017