A CGTP-IN condena a continuada opressão da luta dos trabalhadores e do povo Argentino pelas autoridades deste país: reprimindo violentamente manifestações, criminalizando os participantes e organizadores, procurando impedir ou condicionar as suas acções de resistência e luta em defesa dos seus direitos e interesses.
Recorrendo a greves e grandes manifestações de massas por todo o país, os trabalhadores e o povo argentino procuram impedir a chamada reforma da previdência, que introduz alterações no sistema de segurança social, aumentando a idade da reforma, reduzindo direitos dos reformados, desempregados, ex-combatentes e de outras camadas mais desprotegidas da população.
O presidente Mauricio Macri e os seus apoiantes trouxeram de volta à Argentina o Fundo Monetário Internacional(FMI) e o desastre social que as suas políticas impõem: aumentaram o desemprego através despedimentos em massa na função pública e no sector privado onde este processo foi facilitado e as indemnizações pagas aos trabalhadores reduzidas; aumentaram as tarifas dos serviços públicos; elevaram a inflação aos 40%.
Face ao anúncio de novas medidas, os trabalhadores respondem com a organização de novos combates, desta vez contra as alterações na legislação do trabalho, recusando o sacrifício de direitos, o aumento da exploração, da pobreza e das desigualdades sociais.
A CGTP-IN saúda e solidariza-se com a resistência e a luta dos trabalhadores e do povo argentino, a sua coragem e combatividade, fórmula comprovada para parar a ilegítima retirada de direitos conquistados e travar o retrocesso social cujos únicos beneficiários são o grande capital e as grandes fortunas.
A CGTP-IN expressa ao movimento sindical argentino a sua solidariedade, reiterando a propósito a necessidade da mais ampla unidade na acção do movimento sindical internacional para travar a ofensiva exploradora e opressiva do grande capital e dos governos ao seu serviço. A mais ampla unidade para defender a colocação dos principais meios de produção ao serviço do progresso, da justiça social e da soberania dos trabalhadores e dos povos na defesa dos seus interesses mútuos.
INT/CGTP-IN
21.12.2017