5 ANOS DE INVASÃO DO IRAQUE
5 ANOS DE RESISTÊNCIA
Cumprem-se hoje, dia 20 de Março, 5 anos sobre o início da invasão e posterior ocupação do Iraque pelas tropas dos Estados Unidos, da Grã-Bretanha e outros aliados.
É importante nesta data relembrar que esta acção militar se desenvolveu e continua a desenvolver em total desrespeito pelo Direito Internacional e que teve o seu início sob pretexto da existência de mortíferas armas de destruição maciça em mãos do então governo iraquiano, tese que posteriormente se confirmou como uma mentira utilizada para justificar a agressão e convencer a comunidade internacional.
Foi com este pressuposto que se reuniu a Cimeira da Guerra na Base das Lajes, nos Açores, que deu luz verde às operações militares e que ligou indelevelmente Portugal a um ilegal acto de agressão contra um povo soberano.
Os resultados desta aventura da administração Bush e seus aliados são devastadores. Agências internacionais referem cerca de um milhão de mortos civis iraquianos e mais de 4 milhões de exilados e deslocados.
As tropas agressoras têm também vindo a sofrer pesadas baixas, em resultado da resistência popular contra a ocupação.
O Iraque é, hoje, um país retalhado à medida dos interesses e da rapina das forças ocupantes, enquanto na população grassa o desemprego, a extrema pobreza e uma verdadeira catástrofe ambiental e humanitária.
Os trabalhadores e os sindicatos vêem a sua actividade totalmente condicionada e, em muitos casos, reprimida.
A CGTP-IN considera que Portugal não pode continuar a apoiar a ocupação no Iraque, à qual aliás se somam na região outras agressões, ameaças e ingerências como é o caso da Palestina, do Afeganistão, do Líbano, da Síria e do Irão.
A CGTP-IN exige que o Governo português cumpra o espírito e a letra dos artigos 1º, 3º e 7º da Constituição da República Portuguesa, respeitando a dignidade da pessoa humana, a defesa da independência nacional, do respeito pelos Direitos Humanos, dos direitos dos povos, da igualdade entre os Estados, da cooperação, pela abolição do imperialismo, do colonialismo e de quaisquer outras formas de agressão.
A CGTP-IN apela à solidariedade do Movimento Sindical e dos trabalhadores e trabalhadoras portugueses para com a resistência dos trabalhadores e do povo iraquiano e à participação numa concentração que várias organizações portuguesas, entre as quais a CGTP-IN promovem na tarde do dia 29 de Março de 2008, no Largo Camões, em Lisboa, que exigirá a retirada imediata das forças de ocupação do Iraque.
Lisboa, 20 de Março de 2008
A Comissão Executiva
do Conselho Nacional da CGTP-IN