Amanhã, 1 Julho, é reposto o horário das 35 horas de trabalho semanal para todos os trabalhadores da Administração Pública Central e Local. É a vitória da resistência e luta das mulheres e homens que nunca se resignaram com a imposição de mais 5 horas de trabalho por semana, sem que houvesse argumentos que justificassem tal medida, que não fosse o de abrir caminho para aumentar os horários dos trabalhadores do sector privado.
É a reparação de uma das maiores injustiças praticadas pelo anterior governo do PSD/CDS sobre trabalhadores que dão apoio aos cidadãos nos Serviços Públicos, no Serviço Nacional de Saúde, na Escola Pública, na Segurança Social, na Cultura, na Justiça e nas Autarquias. É a confirmação de que a luta dos trabalhadores, organizada e determinada, é o mais adequado instrumento para defender os seus interesses e direitos.
Na verdade, os trabalhadores da Administração Central e Local lutaram, sem desfalecimentos e pelas mais variadas formas, durante anos, contra todo o tipo de injustiças de que foram vitimas por um Governo comprometido com os interesses do grande capital, submisso e bom aluno dos ditames do FMI, BCE e U.E., nunca aceitando as malfeitorias impostas, designadamente o roubo nos seus salários, nas férias e feriados, o aumento da carga fiscal, o congelamento das suas carreiras profissionais e o aumento do trabalho semanal para as 40 horas.
A luta vale sempre a pena e os resultados estão aí! A partir de amanhã, dia 1 de Julho, os trabalhadores da Administração Pública Central e Local, voltam a trabalhar 35 horas por semana, recuperando um direito que lhes tinha sido roubado, colocando-se de novo de acordo com a roda da história e os avanços civilizacionais, dando também um sinal muito forte de que a redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais tem de ser, mais cedo do que tarde, extensivo aos trabalhadores do sector privado.
Só não vence quem não luta ou desiste de lutar! Os trabalhadores da Administração Pública lutaram e recuperaram as 35 horas de trabalho semanal. Mas têm de continuar a luta pela defesa dos seus direitos, até à reparação total das injustiças e malfeitorias de que foram vítimas.
Lisboa, 30.06.2016