O Sindicato dos Professores da Zona Sul/Fenprof congratula-se por o Município de Portalegre estar finalmente a proceder à remoção das coberturas de fibrocimento, contendo amianto, das escolas do 1º Ciclo e Jardins de Infância dos Assentos e do Atalaião, em Portalegre.
Contudo, o SPZS alerta para a necessidade de serem observados rigorosamente todos os procedimentos de segurança que uma obra desta natureza implica, esperando que não se inicie o ano lectivo com esta ainda a decorrer. Desde hoje, 1 de Setembro, que estão na escola funcionários e professores, estamos a duas semanas do início das actividades lectivas com os alunos e a contaminação é prolongada e não acontece apenas no momento da remoção das coberturas. O SPZS considera que este tipo de obras que implicam riscos de toxicidade elevada, têm de ser bem programadas.
O amianto é uma substância tóxica, que quando inalado pode provocar problemas de saúde grave, tais como mesotelioma e cancro do pulmão. Ainda existe amianto em muitos materiais, sendo o fibrocimento o mais visível. Quando os materiais que contêm amianto se degradam, libertam fibras que podem ser inalados pelas vias respiratórias.
O SZPS desde há vários anos que tem vindo a alertar o governo e os municípios para o problema do amianto nas escolas. No caso concreto de Portalegre, realizaram-se diversas ações, como a que foi levada a cabo pelo SPZS a 12 de maio de 2014, junto à EB 1/JI do Atalaião (fotos).
Também a FENPROF entregou em julho um caderno reivindicativo ao Ministério da Educação questionando sobre o ponto da situação em relação às escolas sob a tutela do governo e também sobre as que dependem dos municípios. Esperemos agora que a Lei 2/2011, sobre o amianto em edifícios públicos, seja devidamente cumprida e que se elabore um plano para resolver este problema em Portugal.
FONTE: Sindicato dos Professores da Zona Sul