A maioria dos trabalhadores do Grupo Fortunato Frederico - Kyaia viram os seus salários do mês de Novembro reduzidos de forma abusiva e ilegal pela Administração do Grupo, repetindo o que já tinha feito em Outubro.
No próximo sábado, os trabalhadores da Kyaia voltam à luta contra o corte ilegal nos salários, com numa concentração em Paredes de Coura, na qual participará o Secretário-Geral da CGTP-IN
A redução dos salários foi imposta pela Administração, à revelia das normas do Contrato Colectivo de Trabalho do Sector do Calçado e das normas do Código de Trabalho. As empresas do Grupo Kyaia, sediadas em Guimarães e Paredes de Coura, tentam impor aos trabalhadores um aumento diário do horário de trabalho de 20 minutos, com a imposição unilateral de duas pausas diárias de 10 minutos, uma de manhã, outra à tarde, excluídas do período normal de trabalho.
A maioria dos trabalhadores recusou cumprir a decisão ilegal da Administração e continua a praticar o horário de trabalho anterior. “O caminho não é aumentar o horário de trabalho semanal, é a redução progressiva para as 35 horas”, contrapõe o Sindicato do Calçado Minho e Trás-os-Montes, num comunicado enviado à Imprensa.
Após as tentativas do Sindicato para, através do diálogo e negociação directa e indirecta mediada pela DGERT, no Porto, encontrar uma solução para o conflito, a Administração manteve-se irredutível e, numa posição de prepotência, manteve a sua decisão ilegal, o que obrigou o Sindicato do Calçado a solicitar a intervenção da ACT, ao mesmo tempo que apresentou uma Providência Cautelar com o objectivo de suspender a decisão do Grupo.
FONTE: Sindicato do Calçado Minho e Trás-os-Montes