Trabalhadores de várias empresas do Grupo Águas de Portugal reuniram-se ontem, frente à sede da AdP, em Lisboa, num plenário que assinalou a entrega da proposta sindical de revisão do acordo colectivo de trabalho, onde se destaca a exigência de aumentos salariais.
Organizados nos sindicatos da Fiequimetal e no STAL, os trabalhadores reivindicam para 2020 um salário mínimo de 850 euros, em todo o grupo, e um aumento geral de 90 euros.
Na proposta de revisão do ACT, assinado em Agosto de 2018, defende-se ainda, entre outras medidas para melhoria das condições de trabalho:
- Redução do período normal de trabalho para sete horas diárias e 35 horas semanais (sem prejuízo de regimes mais favoráveis em vigor);
- Acréscimos na retribuição do trabalho suplementar e nos corresopndentes períodos de descanso compensatório;
- Aumento da percentagem da retribuição mensal no cálculo do subsídio de turno;
- Revisão do subsídio de isenção de horário de trabalho, para corresponder a um valor entre 20% e 30% da retribuição-base;
- Subsídio de disponibilidade ou prevenção (compensação de 2,30 euros por hora ou fracção);
- Atribuição de um subsídio de insalubridade, penosidade e risco, em determinadas funções;
- Fixação do período anual de férias em 25 dias úteis;
- Actualização da tabela de remunerações com impulsos de 60 euros, tendo como base salarial os 850 euros.
A proposta reivindicativa ontem entregue foi construída na discussão com os trabalhadores, incluindo a realização de plenários nas empresas.
No plenário nacional de ontem foi salientado que as reivindicações são justas e que os trabalhadores estão determinados a mobilizar-se em sua defesa, pelas formas que se mostrem necessárias, no decurso do processo negocial que agora deve desenvolver-se.