Os trabalhadores das empresas de distribuição estarão em greve no dia 31 de Janeiro.
Desde 2016 que a associação patronal, APED, vem arrastando o processo negocial de revisão dos salários dos trabalhadores.
A última proposta patronal para aumento dos salários, a ser aceite pelos sindicatos, colocaria os níveis salariais onde se situam mais de 80 por cento dos trabalhadores nos 635 euros Salário Mínimo Nacional.
Os trabalhadores exigem aumento dos salários, valorização das carreiras e qualificações profissionais, horários de trabalho regulados que permitam a conciliação entre a vida pessoal e familiar e a vida profissional e a passagem a contrato sem prazo de todos os trabalhadores a ocupar postos de trabalho permanente.
O processo negocial de revisão dos salários dos trabalhadores arrasta-se desde Setembro de 2016.
“A última proposta patronal para aumento dos salários, a ser aceite pelos sindicatos, colocaria os níveis salariais onde se situam mais de 80% dos trabalhadores nos 635€, uma vergonha para um sector onde são gerados milhões de euros de lucros”.
Hoje, um trabalhador que entra neste sector de actividade tem um salário igual aos que já lá estão há 5, 10, 15, 20 e mais anos, numa clara aposta destas empresas na desvalorização das carreiras profissionais, denuncia o CESP.
A proposta da APED e dos patrões para aumento dos salários da tabela salarial é de 1,4 por cento em cima dos valores acordados para 2016. O Salário Mínimo Nacional de então para cá subiu 105 euros . Isto traduziu-se na perda de poder de compra dos trabalhadores do sector que se transferiu, integralmente, para o aumento exponencial dos lucros dos patrões.
Fonte: CESP