Os trabalhadores do Entreposto do LIDL, em Torres Novas, reunidos num plenário realizado junto à Portaria do Armazém, no dia 25 de Janeiro, decidiram por unanimidade aderir à Greve dos Trabalhadores das Empresas de Distribuição marcada para 31 de Janeiro.
Nesse dia, a acção de luta no Entreposto do LIDL de Torres Novas inicia-se às 7 horas, com um piquete de greve na entrada do armazém.
Os trabalhadores contestam a recusa da empresa de aumentar os salários em 2020, repudiam a chantagem efectuada pela associação patronal na negociação do contrato colectivo, denunciam a precariedade imposta com contratações a tempo parcial, entre outras situações e reivindicações.
Esta decisão é mais um passo para a realização de uma forte greve, juntando-se aos trabalhadores do LIDL de outros locais de trabalho e empresas de norte a sul do país que em plenário também já aderiram à greve, como é o caso dos Entrepostos de Ribeirão e Marateca.
Os trabalhadores do sector exigem:
- O aumento dos salários de todos os trabalhadores em 90€ (3€/dia) em Janeiro de 2020;
- A valorização das carreiras e qualificações profissionais adquiridas ao longo dos anos de trabalho;
- Aumento das cargas horárias semanais dos trabalhadores a tempo parcial para pelo menos 32 horas;
- Horários de trabalho regulados que permitam a conciliação entre a vida pessoal e familiar e a vida profissional;
- A passagem a contrato sem prazo de todos os trabalhadores a ocupar postos de trabalho permanente.
O processo negocial de revisão dos salários dos trabalhadores arrasta-se desde Setembro de 2016.
A última proposta patronal para aumento dos salários, a ser aceite pelos sindicatos, colocaria os níveis salariais onde se situam mais de 80% dos trabalhadores nos 635€, uma vergonha para um sector onde são gerados milhões de euros de lucros.