A Fiequimetal e os sindicatos SIESI, SITE Norte, SITE CSRA e SITE Centro-Norte nesta segunda-feira, dia 22, desde as 10 horas, na sede da EDP e nas principais instalações desta no Porto e em Coimbra, uma demonstração do descontentamento dos trabalhadores pela atitude que a administração tem demonstrado nas negociações salariais.
Ironizando com a insaciável sede de lucros e dividendos, as organizações sindicais vão recolher, naqueles locais, «uma esmola para a EDP».
Em Lisboa (Avenida 24 de Julho), Coimbra (Avenida Cónego Urbano Duarte) e Porto (Rua Ofélia Diogo da Costa) será também feita a distribuição de um folheto aos trabalhadores e à população.
Há milhões, mas...
Nesse documento, recorda-se que a administração da EDP mantém, no processo negocial de revisão dos salários para 2021, uma proposta de zero por cento, negando a valorização dos trabalhadores
Mas esta é a mesma administração que, com o aval dos accionistas, decidiu:
- pagar ao seu antigo presidente, António Mexia, 800 mil euros por ano, durante três anos;
- distribuir pelos accionistas 755 milhões de euros, num grupo que gerou de lucro 810 milhões de euros (dos quais 94 milhões referentes ao negócio em Portugal).
Em tempo de pandemia, os trabalhadores estão na linha da frente, conscientes de que isso é necessário. No desempenho da sua actividade, pensam no bem-estar das pessoas e no custo elevadíssimo da sua factura de energia.
Os trabalhadores das empresas do Grupo EDP exigem respeito, prestam um serviço essencial à população.
As palmadinhas nas costas não pagam o aumento do custo de vida nem o acréscimo de despesas com o teletrabalho.
Os trabalhadores querem ser ouvidos e, acima de tudo, respeitados e valorizados.
A administração não pode esquecer que foram os trabalhadores que, em tempos difíceis como os do último ano, permitiram a garantia de um serviço indispensável - este, sim, o verdadeiro fundamento da existência da EDP.
FONTE: FIEQUIMETAL