Os funcionários do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) vão estar em greve durante seis meses a partir do dia 16 de Janeiro. A decisão do sindicato de avançar para greve surge depois de falta de resposta da tutela para aquilo que consideram ser um esvaziamento do funcionários não policiais no organismo. Nos últimos três anos, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras perdeu 10% dos funcionários não policiais e são hoje 400 trabalhadores. Além disso, reclamam a reactivação de um estatuto próprio de carreira. Exigem ainda o pagamento de um subsídio que previsto na lei mas que, “actualmente, é apenas pago à carreira de investigação e fiscalização”, lê-se num comunicado enviado ao jornal i.
O protesto de seis meses vai decorrer de forma faseada. Em vez de pararem todos em simultâneo, haverá greves durante todos os dias da semana em diferentes cidades e departamentos do SEF.
Em Outubro de 2016, os funcionários do SEF já tinham convocado dois dias de greve. Agora, devido à “completa falta de resposta às grandes questões” que têm vindo a ser colocadas quer à tutela quer à diretoria nacional do SEF, convocaram esta nova paralisação.
O sindicato acusa o governo de tentar o serviço de segurança numa “polícia de imigração”, com os funcionários não policiais a terem cada vez menos peso na estrutura do organismo. Em 2012, eram quase metade metade: 47% dos funcionários eram não policiais e os restantes polícias. Entretanto, os funcionários que saíram não foram substituídos. Como “solução de penso rápido”, acusa o sindicato, a tutela “pôs inspetores a fazer trabalho documental”.
FONTE: jornal i