O secretariado reuniu no dia 27 de Setembro de 2022 com a Direção de Recursos Humanos do grupo Auchan.
A empresa informou quais foram os critérios e quadrantes e como foi feita a avaliação dos trabalhadores.
Assumem que pode haver erros e caso os trabalhadores não estejam de acordo com a avaliação, devem enviar e-mail para RH da loja e RH da empresa.
Vão verificar o que se passou com as avaliações de alguns casos concretos de trabalhadores com acções em tribunal, ou situações colocadas na reunião do nosso conhecimento.
Informaram que 78% dos trabalhadores tiveram aumento, passando de 714 para 760€.
Face ä inflação e ao aumento do custo de vida referimos que estes aumentos não fazem face as necessidades dos trabalhadores e é preciso a empresa ter em conta isso.
Quanto ao novo prime por zona de vida, o mesmo irá avançar no próximo ano, até final do ano serão dadas mais informações.
Discutiu-se o novo programa de horários com vários problemas detectados.
A empresa referiu que o programa é recente, está em fase de implementação, e pediram para lhes transmitirmos os erros detectados afim de os corrigirem.
Não se comprometeram com datas concretas, informaram que estão a trabalhar para que rapidamente o programa responda ás necessidades das lojas, mas que sobretudo não cometa ilegalidades e cumpra com as regras do CCT e da Lei.
No que respeita ä penalização do valor do prime para a actividade sindical além do crédito de horas, irá ser feito o recalculo relativamente ao ano de 2022 e será pago o valor em falta no mês de Outubro á estrutura sindical.
Quanto aos dois dias de férias extra, será também resposto á estrutura que foi penalizada (são dois delegados e um dirigente), estes dias podem ser gozados até 31 de Março de 2023.
Quanto ao pagamento dos dias feriados que coincidem com o domingo será pago, no entanto, na próxima reunião discute-se os retroactivos.
Quanto ao desconto das ausências/faltas em valor dia e não valor hora, irá ser pago com retroactivos a discutir na próxima reunião.
Reclamamos o pagamento de dois anos de retroactivos.
Ficaram de nos enviar a decisão até dia 14 de Outubro, dizendo que será discutido na reunião do dia 11 Novembro.
Reclamamos a falta de trabalhadores na maioria das lojas, sobrecarregando os que estão a trabalhar.
Referiram dificuldades na contratação de trabalhadores, que justificam que é pelos horários praticados no sector e não pelos salários pagos.
Foi enviado caderno reivindicativo para 2023, a ser discutido na reunião do dia 11 de Novembro, às 11h na sede da empresa.
Os Trabalhadores do Auchan exigem:
A Fixação do Salário mínimo de entrada em 850€ no dia 1 de Janeiro de 2023;
Aumento dos salários de todos os trabalhadores em 10%, no mínimo €100/mês (3,33€ por dia) para todos os trabalhadores, garantindo a diferenciação salarial dos diferentes níveis e categorias e considerando a antiguidade sem discriminações;
Subsídio de alimentação no valor de 7,50€/dia;
Promoção na carreira profissional dos trabalhadores especializados, a principais com quinze ou mais anos de casa;
Aumento de 5% para 10% no desconto funcionário;
Redução progressiva do horário de trabalho para as 35h semanais, reduzindo para as 39h sem redução de salário a partir de 1 de Janeiro de 2023;
25 dias úteis de férias, para todos os trabalhadores;
Dispensa com vencimento no dia de aniversário, com desconto de 15% nas compras na semana do aniversario;
Cheque oferta nascimento bebe no valor da 300€;
Cabaz família para todos os trabalhadores no valor de 200€ (em conta mais) no Natal;
Oferta de artigos escolares até 50€, no mês de Setembro, aos filhos de todos os trabalhadores que se encontrem a estudar;
Fim da imposição do cartão Bom Garfo e reposição do subsídio de alimentação no salário;
Fardamento suficiente para todos os trabalhadores;
Integração nos quadros da Auchan de todos os trabalhadores das empresas de trabalho temporário;
Colocação de placares sindicais nas lojas My Auchan.
O CESP enviou ofício ao Auchan, com o caderno Reivindicativo dos trabalhadores e está marcada reunião para o dia 11 de Novembro às 11h na sede da empresa.
Fonte: CESP