Trabalhadores dos museus, palácios e sítios históricos estão em greve ao trabalho extraordinário, hoje, sexta-feira, e na próxima segunda-feira, dia 18. Denunciam que o Governo/SEC usa os trabalhadores para "brilhar", perante a comunicação social e o público que podem visitar os museus, monumentos e sítios históricos, de forma gratuita, fora dos horários normais, nomeadamente, noite dentro. Só que isto é feito à custa dos trabalhadores que chegam a fazer 18 horas seguidas de trabalho, numa clara violação de todos os normativos legais, relativos à duração diária de trabalho, à laboração contínua e ao trabalho extraordinário.
Com a comemoração, hoje, da Noite Europeia dos Museus e no dia 18, do Dia Internacional dos Museus, os trabalhadores destes serviços da Secretaria de Estado da Cultura, fazem greve ao trabalho prestado fora do período normal de trabalho e às horas extraordinárias, tal como já aconteceu no passado dia 18 de Abril, aquando das comemorações do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios.
Como então esta Federação denunciou, o Governo/SEC, usa os trabalhadores para "brilharem" perante a comunicação social e o público que podem visitar os museus, monumentos e sítios históricos, de forma gratuita, fora dos horários normais, nomeadamente, noite dentro.
Só que isto é feito à custa dos trabalhadores que chegam a fazer 18 horas seguidas de trabalho, numa clara violação de todos os normativos legais, relativos à duração diária de trabalho, à laboração contínua e ao trabalho extraordinário.
Inclusive, são igualmente chamados ao trabalho os desempregados que estão ao serviço com contrato de emprego de inserção, sem pejo nenhum quanto à exagerada carga horária a que os sujeitam nestes dias.
Esta dura realidade tem sido escondida da opinião pública, pois o que o Governo/SEC pretendem é que se olhe para esta Cultura panfletária, cheia de uma falsa vitalidade e "empreendorismo", elitista, cada vez menos acessível à generalidade do Povo Português e sem meios financeiros, feita à custa da exploração dos trabalhadores do sector.
Dado que a jornada de trabalho é de 8 horas e que o trabalho extraordinário apenas pode acrescer em 2 horas, fica evidente que o restante tempo de trabalho é para "compensar talvez um dia". É que a falta de pessoal é de tal forma grave que essa "compensação" nunca há-de ser dada!
Perante esta situação, que não foi corrigida neste meio tempo, a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS) decidiu manter a convocação da greve nacional ao trabalho prestado fora do período normal de trabalho e às horas extraordinárias, para os dias 16 e 18 de maio, de acordo com o aviso prévio de greve oportunamente emitido.
A Federação reitera a responsabilização do Governo/SEC pelo facto de os trabalhadores serem obrigados a recorrer à greve para verem garantidos os seus direitos e pelas consequências que da mesma advenham.