O Sindicato dos Professores da Zona Sul (SPZS), dando expressão à contestação dos docentes do Crato, esteve presente na recepção ao Ministro da Educação, que se deslocou a este Concelho, hoje, dia 15 de Maio. No decorrer da visita o SPZS também entregou a Nuno Crato e ao Presidente da Câmara um documento criticando o secretismo que tem rodeado o processo de municipalização da educação no concelho e exigindo, em nome dos professores, que este seja suspenso e se realize um debate público sobre assunto.
Oficialmente o pretexto desta visita do Ministro era a assinatura de contratos que envolvem a escola profissional e outros agentes. Contudo, o Ministro não deixou de referir, na sessão solene, a importância da delegação de competências na Câmara Municipal do Crato em matéria de educação, referindo mesmo que o Município do Crato foi dos primeiros a avançar com este tipo de contratos, os quais, do nosso ponto de vista dos sindicalistas, configuram um gravíssimo processo contra a autonomia da escola pública.
Ao SPZS foi assegurado pelo Presidente da Câmara Municipal que não se trata de um processo negociado às escondidas com o MEC. No entanto, a questão colocada pelo SPZS sobre o facto de o Conselho Geral do Agrupamento de Escolas do Crato não ter sido consultado conforme a legislação estabelece não obteve resposta. Também desde meados de Abril que o SPZS aguarda resposta aos pedidos de reunião endereçados ao Presidente da Câmara para debater este assunto, tendo sido afirmado, hoje no local, que o SPZS iria ser recebido brevemente na Câmara, satisfazendo finalmente o pedido de reunião.
Fica ainda uma nota negra para a intervenção anti-democrática do Executivo da Câmar que mandou um funcionário retirar os pendões afixados pelo sindicato, os quais afirmavam a defesa da Escola Pública e rejeitavam a Municipalização da Educação.
FONTE: União dos Sindicatos do Norte Alentejano