Os Sindicatos representativos dos trabalhadores dos ML – Metropolitano de Lisboa, reuniram hoje para fazer o balanço da luta, tendo decidido continuá-la em novos moldes a discutir com os trabalhadores, tendo suspendido as greves já marcadas e decidido também o seguinte:
1º -Saudar todos os trabalhadores que na greve de ontem foram obrigados a cumprir os serviços mínimos decretados pelo CES, bem como todos aqueles que cumpriram o seu período de greve, tal como decidido em plenário;
2º - Agradecer aos utentes por não terem utilizado o Metropolitano de Lisboa, conscientes que não estariam garantidas as normas de segurança, tal como as ORT´s informaram;
3º - Agradecer também à empresa o ter negociado transportes alternativos, diminuindo substancialmente o fluxo de passageiros, minimizando assim os riscos de quedas, atropelamento pelo material circulante, electrocução, etc.
Posto isto, na reunião dos sindicatos de hoje decidiram ainda:
✓ Marcação de novos plenários na primeira semana de novembro;
✓ Suspender as greves já marcadas;
✓ Promover um amplo debate sobre as formas de luta a levar à prática num curto espaço de tempo.
Convém salientar, que os recibos que hoje estão a ser distribuídos, apresentam um aumento, por acto de gestão, que é manifestamente insuficiente para todos e, não deixamos de lamentar que o CA não tenha assumido esta matéria em tempo útil.
Relembramos ainda que temos várias matérias a discutir:
- Vigência do AE;
- Um aumento intercalar face ao aumento da inflação;
- Retirada imediata dos processos disciplinares com intenção de despedimento, completamente injustos e elegais, a dois trabalhadores na greve de junho;
- Resolução dos conflitos da DOP;
- Pagamento imediato das variáveis (com carater regular) nas férias e subsidio de férias;
- O direito à reforma das longas carreiras contributivas de acordo o Parecer emitido por um gabinete Governamental.
Na luta para defesa dos interesses e direitos dos Trabalhadores, muitas vezes é necessário repensar, reagrupar e prosseguir com a convicção de que a vitória é sempre difícil, mas será nossa.
Os sindicatos não se demitirão das suas responsabilidades de direcção da luta, pois tem sido esta nossa posição, que combateu a privatização e a manutenção bem difícil do nosso AE, após duas denuncias.
Fonte: Fectrans