Os trabalhadores da Administração Pública vincaram hoje a sua exigência, junto do Governo, de aumento real dos salários, em 2024, com uma adesão à Greve Nacional da Administração Pública, a rondar os 90%, com centenas de serviços dos vários ministérios encerrados e muitas centenas de outros a laborar só com serviços mínimos.
Centros de Saúde, escolas, repartições de finanças, museus, monumentos e sítios arquelógicos, lojas do cidadão encerrados, hospitais só a funcionar com serviços mínimos, o mesmo acontecendo com os centros educativos da Direcção-Geral de Reinserção Social. Os serviços de
vigilância electrónica estão encerrados. Forte adesão registada, também, nos Açores, com escolas e matadouros encerrados e hospitais em serviços mínimos.
Os trabalhadores da Administração Pública exigem um aumento não inferior a 15% e no mínimo de 150€, bem como a fixação do salário mínimo na Administração Pública em 920€, devendo atingir 1000€ ainda no ano de 2024. O subsídio de refeição deve passar para 10,50€. E reclamam a revogação do SIADAP.
É bom recordar que os trabalhadores da Administração Pública são dos mais mal pagos da União Europeia, ganhando em média cerca de metade do salário dos seus congéneres noutros países da União Europeia.
Contribui para este quadro o facto de, desde 2009, os trabalhadores da Administração Pública, em média terem perdido o equivalente a três salários, sendo que entre Abril de 2022 e de 2023, registaram uma quebra real do salário de 5,1%.
A Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais saúda todos os trabalhadores que hoje estão a participar na Greve Nacional promovida pela Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, por aumentos salariais dignos, pela valorização das carreiras e em defesa dos Serviços Públicos e das Funções Sociais do Estado.
Lisboa, 27 de Novembro de 2023
Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalha