No passado dia 22 o Salão da Voz do Operário encheu-se de democratas, defensores da paz e da soberania dos povos numa forte participação que apelou à paz na Venezuela, e à solidariedade com a Venezuela e o seu povo.
Com a participação de dezenas de organizações Portuguesas, e intervenções da CGTP-IN e do Conselho Português para a Paz e Cooperação, assim como da embaixadora de Cuba e o embaixador da Venezuela, a iniciativa teve um forte pendor cultural onde artistas como Tiago Santos e Sofia Lisboa, El Sur, Jorge Rivotti, Freddy Locks e Sebastião Antunes, ou o actor Fernando Jorge Lopes demonstraram a sua solidariedade com o processo Bolivariano.
Durante o acto político-cultural foi denunciado o golpe em curso, planeado pelos EUA e que resultou na auto-proclamação de Guaidó, que não é mais que um fantoche da administração Trump. Foram ainda denunciadas as acções de desestabilização, ingerência e agressão à Venezuela, com o objectivo de atacar a soberania do povo Venezuelano e saquear as suas riquezas.
A provocação montada em torno da dita “ajuda humanitária”, como meio para encobrir e promover a ingerência e agressão militar foi também desmontada. Basta ver que a campanha da chamada “ajuda humanitária” não conta com o apoio da ONU, nem de organizações de ajuda humanitária como a Cruz Vermelha, que aliás se colocou contra o uso da sua imagem neste processo. Alem disso, não se pode acreditar que os EUA, que impõem sanções, embargos e bloqueio económico à Venezuela, causando prejuízos de 350 mil milhões de dólares, queira agora oferecer ajuda humanitária que não chega a 1% do valor roubado aos Venezuelanos.
Os problemas que o povo Venezuelano tem sofrido são resultado destas mesmas sanções, embargos e bloqueio, o que foi largamente denunciado na iniciativa. Assim como o papel conivente que vários Países Europeus têm assumido, em particular Portugal que, ao arrepio do Direito Internacional e da Constituição da República Portuguesa, tem colocado em causa os interesses da numerosa comunidade Portuguesa na Venezuela.
A defesa da paz deve continuar a mobilizar todos quantos defendem o direito de um povo decidir e continuar o seu processo de progresso social, que retirou milhões da pobreza, que permitiu que mais de 70% da população pobre na Venezuela tivesse acesso à saúde, que deu acesso à educação a milhões de Venezuelanos, erradicando o analfabetismo, facto reconhecido pela UNESCO. Um processo que trouxe o acesso a direitos sociais e laborais a milhões de trabalhadores e que garantiu o controlo público de sectores essenciais como o Petróleo.
No passado dia 22 de Fevereiro, ficou claro que a Venezuela continua a contar com a solidariedade do povo Português, no caminho que trilhou e no exemplo que constitui para quem quer um mundo de paz, desenvolvimento e justiça social.
INT/CGTP-IN
27.02.2019