democracia brasilO golpe institucional que afastou Dilma Rousseff da Presidência do Brasil em 2016 fez parte do assalto do grande capital brasileiro e internacional às riquezas deste país, abrindo caminho a privatizações de grandes empresas estratégicas, ao desbaratamento de recursos naturais, à destruição de importantes conquistas laborais e sociais, a uma maior exploração do trabalho e ao empobrecimento dos trabalhadores e do povo.

Com o golpe quiseram calar a voz de governos (Lula da Silva e Dilma Rousseff) que na região e no mundo se inseriram num rumo alternativo ao domínio do imperialismo, substituindo-a por um governo que faz eco dos seus interesses. O processo do Brasil é indissociável da campanha de assalto a conquistas democráticas e de afirmação soberana de direitos, de progresso e justiça social alcançadas pelos trabalhadores e os povos em vários países da América Latina.

Um rolo compressor da democracia que procura instrumentalizar politicamente o sistema de justiça num suposto combate à corrupção para impedir Lula da Silva de participar nas eleições presidenciais deste ano, negando-lhe o direito a um julgamento justo e ao devido processo legal – princípios básicos de uma ordem democrática reconhecidos em instrumentos internacionais de direitos humanos – condicionando dessa forma o processo e o resultado eleitoral. Um rumo reaccionário cuja concretização negaria o inalienável direito soberano do povo brasileiro de decidir o seu futuro livre de qualquer condicionamento interno e externo.

A CGTP-IN junta-se à ampla campanha de solidariedade internacional e em defesa da democracia e da soberania no Brasil, reiterando aos trabalhadores, ao povo e ao movimento sindical deste país a solidariedade e o apoio na sua luta contra o golpe, em defesa dos seus direitos políticos, laborais e sociais, um rumo indissociável da candidatura de Lula da Silva às eleições presidenciais.

23.01.2018
Comissão Executiva da CGTP-IN