boliviaA CGTP-IN condena o golpe de Estado na Bolívia e expressa a sua solidariedade ao Presidente Evo Morales, afastado ilegitimamente e em total desrespeito democrático pela vontade popular.

A CGTP-IN denuncia e condena a campanha de descredibilização e ataque a Evo Morales por parte das forças mais reaccionárias da Bolívia e do imperialismo norte-americano, as quais atentam contra a sua liberdade, direitos e garantias democráticas, forma de cercear a soberania do povo boliviano e de procurar fazer andar para trás o progresso social e a valorização dos trabalhadores alcançados com o seu governo desde 2006.

Apesar dos esforços de Evo Morales para acabar com a onda de violência, nos quais se insere a sua decisão de convocar novas eleições, o processo golpista concretizou-se com o olhar conivente das forças armadas e da polícia e com a intervenção de grupos estrangeiros e a ingerência externa. Uma espiral de violência que incluiu ataques aos membros do governo e de organizações sindicais e populares, agressões racistas contra indígenas, trabalhadores e todos os que têm oposto ao golpe.

A CGTP-IN condena os ataques e a violência golpista na Bolívia, sublinhando o retrocesso que estes visam causar aos direitos dos trabalhadores e do povo, em cuja defesa se concretizou o uso dos sectores estratégicos da economia ao serviço do desenvolvimento soberano do país e da justiça social. A Bolívia é hoje um território livre de analfabetismo; tem um desemprego mais reduzido; foi alargado e melhorado o acesso à saúde e à educação; foram construídas auto-estradas que reduziram a interioridade; foi alargado o acesso das populações à água e ao saneamento públicos.

Exige-se do governo Português que se posicione no sentido de defender a liberdade e a democracia expressa pelo voto popular nas eleições de 20 de Outubro, assim como a ordem constitucional do Estado Plurinacional da Bolivia, condenando o golpe de Estado neste país.

A CGTP-IN expressa a sua solidariedade com as forças progressistas e com a resistência e luta dos trabalhadores e do povo da Bolívia em defesa dos seus direitos e soberania.

 

INT/CGTP-IN
12.11.2019