cuba solidariedadeDias depois de o Mundo ter votado a favor do fim do bloqueio a Cuba, com 184 votos a favor e apenas 2 contra – Israel e EUA - intensificam-se novas acções de ingerência e agressão por parte do imperialismo contra o povo e os trabalhadores de Cuba.

Os esforços empreendidos por Cuba, o empenho e a coragem dos trabalhadores e do seu povo, têm sido essenciais para os resultados positivos no combate à pandemia, incluindo pela solidariedade que Cuba tem demonstrado com vários países, particularmente na Europa.

Esforços que são claros quando este é o único país da América Latina que, apesar do bloqueio criminoso e dos seus nefastos impactos, desenvolveram várias vacinas e avançam num processo de vacinação que só não é mais rápido pelas limitações que o próprio bloqueio impõe, nomeadamente pela escassez no acesso a seringas. Esforços que são ao mesmo tempo a esperança para milhões de pessoas do Terceiro Mundo, que sabem que Cuba tudo fará para que tenham acesso às suas vacinas.

A situação que se vive em Cuba merece toda a solidariedade com o povo e os trabalhadores cubanos, que além da resposta necessária à situação de saúde pública, se empenham na defesa da sua soberania e independência, rejeitam subjugações, conscientes que estão de que, a par do fim do bloqueio, a independência e o exercício pleno da soberania são condições determinantes para a elevação dos seus direitos, para a melhoria das suas condições de trabalho e de vida.

A situação exige, pois, que os democratas e amantes da paz e da amizade entre os povos façam ouvir a sua voz na defesa do respeito pela soberania e independência de Cuba e que a estas se associe o fim do bloqueio criminoso que é imposto a este país.

A hipocrisia daqueles que expressam uma falsa preocupação com o povo Cubano, contrasta com a forma como ocultam aquela que é a política de ingerência e agressão do imperialismo norte-americano, que há mais de 60 anos impõe contra Cuba um bloqueio económico, financeiro e comercial, com carácter extraterritorial.

Bloqueio e acções que foram agravadas nas suas piores expressões e nas mais graves consequências durante a administração Trump, mas que se mantêm com Joseph Biden, impedindo o acesso a bens essenciais como medicamentos, material médico, produtos petrolíferos e alimentos, causa primeira do condicionamento e limitação da actividade produtiva e da capacidade de criar suficiente riqueza para permitir a satisfação de todos os direitos e aspirações do seu povo - ambição afirmada e repetidamente reiterada pela Revolução Cubana.

A CGTP-IN denuncia as acções de provocação e desestabilização que, a partir dos EUA, procuram interferir nos assuntos internos de Cuba e nos intentos de manter e agravar ainda mais o bloqueio, limitando o seu direito ao desenvolvimento, a partir daquele que é o modelo económico e político que tem sido reiteradamente sufragado pelo povo de Cuba, como no referendo constitucional de 2019[1].

A CGTP-IN reafirma a solidariedade com os trabalhadores cubanos, à Central de Trabalhadores de Cuba, apelando a que os sindicatos e as organizações representativas dos trabalhadores portugueses possam acompanhar esta expressão de solidariedade publicamente, reiterando a exigência do fim do bloqueio dos EUA contra Cuba e expressando a sua solidariedade com a luta e resistência do seu povo.

A CGTP-IN esteve presente na concentração de Solidariedade com o Povo Cubano no dia 15 de Julho, na Embaixada de Cuba, sita na Rua Pêro da Covilhã.

 

[1] O referendo teve a participação de mais de 95% de eleitores, dos quais 86% votou a favor da reforma constitucional, após uma ampla discussão que durou 1 ano foi discutida com ampla participação popular.cuba