Hasena Elwali Aleya, preso político Saharaui e activista dos direitos humanos faleceu, no domingo à noite, num hospital militar marroquino na cidade de Dakhla. Segundo a família, o seu estado de saúde era já muito crítico, por falta de tratamento médico adequado por parte das autoridades de Marrocos.
Na sequência da notícia da sua morte, manifestantes saíram à rua em protesto contra este bárbaro crime, tendo Marrocos declarado, de imediato, o estado de sítio na cidade de Dakhla. As forças ocupantes carregaram sobre os manifestantes tendo causado pelo menos 16 feridos.
A CCTP-IN denuncia veementemente mais este criminoso acto das autoridades de Rabat, que constitui um flagrante desrespeito do direito internacional e das resoluções da ONU sobre o direito à livre autodeterminação do povo Saharaui.
A CGTP-IN, profundamente solidária com a resistência e luta dos trabalhadores e do povo Saharaui, designadamente com a sua central sindical, a UGTSARIO, exige:
- A imediata e incondicional libertação de todos os presos políticos Saharauis das prisões marroquinas;
- O fim das perseguições, detenções, torturas e assassinatos, pelas forças marroquinas, nos territórios ocupados;
- Que o Governo Português adopte uma posição conforme à Constituição da República Portuguesa, de exigência do cumprimento dos direitos do Povo Saharaui, já reconhecidos pela ONU;
- Que a União Europeia denuncie, de imediato, todos os acordos preferenciais, designadamente os comerciais, com o Reino de Marrocos e que critique, sem ambiguidades, as constantes violações do direito internacional por parte do governo marroquino.
Departamento Solidariedade Internacional e Paz
CGTP-IN
Lisboa, 6 de Outubro de 2014