A CGTP-IN condena a ingerência das instituições europeias e do FMI e a sua politica de chantagem, humilhação e esmagamento dos direitos dos trabalhadores e do povo grego.
Este é um processo que, a pretexto das dificuldades económicas e financeiras, é utilizado pelas instituições europeias e pelo FMI, para impor opções políticas de fundo que têm como finalidade dar sequência, na Grécia, como em Portugal, à transferência do rendimento do trabalho para o capital, com o aprofundamento do ataque a direitos laborais e sociais e a extorsão da riqueza dos países.Depois de dois programas de agressão que afundaram o país e o colocaram perante uma profunda crise social e humanitária, a tentativa de imposição de um novo pacote para perpetuar a exploração e o empobrecimento, constitui um atentado à democracia, à dignidade e à vontade soberana de um povo e de um país.
Na actual situação grega, fica claro que o capital e as grandes potências europeias não estão interessadas em resolver os problemas da economia deste país mas, pelo contrário, estão cada vez mais empenhadas em intensificar a política de retrocesso social e civilizacional que neste momento já atinge, embora de forma diferenciada, toda a União Europeia.
Neste quadro, a CGTP-IN critica, veementemente, o Governo do PSD-CDS e o Presidente da República, pela forma servil como se têm comportado relativamente às instituições europeias e ao FMI no que concerne ao processo português e ao apoio dado à chantagem para novas e mais gravosas medidas contra o povo grego, posicionamento que atenta contra os princípios da Constituição da República Portuguesa e os interesses de Portugal.
A CGTP-IN reafirma a sua inequívoca solidariedade aos trabalhadores, ao Movimento Sindical e ao povo grego, que resiste e não desiste de lutar contra as ingerências do capital, das instituições europeias e do Fundo Monetário Internacional, em defesa dos seus legítimos direitos, da soberania e do futuro da Grécia.