A CGTP-IN reuniu esta terça-feira, 28 de Outubro, com os Grupos Parlamentares do PCP e do PS, na Assembleia da República, onde expos a sua visão sobre a proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2015.
No final das reuniões o secretário-geral da CGTP-IN adiantou aos órgãos de comunicação social "que não é apenas necessário mudar de política, como também é preciso romper com o Tratado Orçamental para colocar a economia ao serviço das pessoas", acrescentando que a CGTP-IN apresenta soluções diferentes relativamente ao PS.
De acordo com Arménio Carlos, o PS "entende que deve continuar a manter o Tratado Orçamental como referência para o desenvolvimento da sua política e a CGTP-IN entende que esse tratado queima todos os governos, sejam de direita ou não".
Interrogado sobre as diferenças entre o anterior PS liderado por António José Seguro e o actual António Costa, como candidato socialista a primeiro-ministro, o secretário-geral da CGTP-IN respondeu: "Acho que não há grandes diferenças". "Há uma nova direcção, que nós respeitamos. Mas, o que importa é procurar encontrar soluções para o futuro", declarou.
Em relação à dívida, a CGTP- IN referiu ser necessário renegociá-la para o país ter condições de pagar aquilo que deve. Evidenciando que só em 2015 os juros da dívida vão consumir 8,9 mil milhões de euros, mais do que o orçamento do Serviço Nacional de Saúde.
Questionado pela comunicação social sobre a existência de inconstitucionalidades na proposta de Orçamento do Estado, Arménio Carlos disse que a CGTP-IN vai aprofundar essa análise para ver até que ponto se justifica avançar com uma eventual proposta de fiscalização junto do Tribunal Constitucional.