A reposição dos 4 feriados, eliminados pelo anterior Governo do PSD-CDS, constitui uma medida de justiça social e é o resultado prático da luta desenvolvida pelos trabalhadores e trabalhadoras nos últimos anos.
Este acto vem demonstrar que os compromissos eleitorais podem e devem ser cumpridos, representando assim um passo importante para a credibilização da política junto dos trabalhadores e da população e contrasta com situações anteriores de promessas eleitorais que rapidamente não só foram esquecidas como traídas após a chegada de alguns desses partidos ao Governo.
Os quatro feriados repostos para vigorarem já este ano (Corpo de Deus, Implantação da República, Todos os Santos e Restauração da Independência) têm um significado histórico, político e/ou religioso por serem datas marcantes do país, da nossa identidade, cultura e valores históricos.
Os valores em causa não devem pois ser espezinhados pelo mero cálculo económico-financeiro. Os direitos dos trabalhadores não são uma mercadoria nem podem ser subordinados a uma política de embaratecimento e desvalorização do trabalho, que foi ruinosa no passado e seria devastadora para o futuro do país.
A recuperação dos feriados vem mostrar, mais uma vez, que não há inevitabilidades e que vale a pena continuar a lutar pela valorização do trabalho e a dignificação dos trabalhadores, indissociáveis de uma efectiva mudança de política.
A CGTP-IN valoriza a medida agora tomada e relembra a importância da restituição dos 25 dias de férias e a revogação das alterações da legislação laboral ocorridas nos últimos anos que eliminaram ou enfraqueceram direitos individuais e colectivos dos trabalhadores, entendendo que a correcção dessas injustiças se impõe com igual força e quanto antes.